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Economia
Quarta - 08 de Março de 2006 às 17:14
Por: Rita Tavares

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SÃO PAULO - O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de março, apurado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) na região metropolitana de São Paulo, apresentou queda de 0,1%, em relação ao resultado de fevereiro. Assim, o índice atual é de 138,1 pontos. Na comparação com o mês de março de 2005, quando o resultado foi de 146,4 pontos, houve uma queda de 5,7% dessa confiança.

O ICC é composto de dois outros indicadores: o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) e o Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA). Enquanto o primeiro índice (IEC) teve um recuo de 1,4% em relação a fevereiro, atingindo 142,9 pontos, o segundo (ICEA) subiu 2% na comparação com o mês passado e atingiu 130,9 pontos.

"A contradição entre as duas avaliações decorre, principalmente, de um processo de ajuste dos sentimentos em relação a um período de turbulências ocasionado por fatores econômicos e, sobretudo, políticos", afirmou o presidente da Fecomercio, Abram Szajman, em nota distribuída pela entidade.

Retração De acordo com a entidade, a queda na avaliação dos consumidores com renda superior a dez salários mínimos impulsionou a retração de 1,4% no Índice de Expectativas do Consumidor (IEC). Esse recuo refletiria a percepção de que a recuperação da economia brasileira se dará de forma mais discreta, como reflexo da manutenção das altas taxas de juros. A Fecomércio acredita que essa questão também está relacionada ao alto grau de endividamento dos consumidores nos últimos meses.

No curto prazo, os consumidores com renda superior a dez mínimos estão otimistas, tanto em relação à situação atual da família como à aquisição de bens duráveis. É o que demonstra a variação positiva de 2% no ICEA. "Após o período do ano em que se concentram despesas com IPVA, educação e dívidas contraídas no fim de 2005, o consumidor, principalmente o da faixa superior a dez mínimos, pôde avaliar melhor sua condição presente. Ele continua relutante em contrair novas dívidas para o futuro, como mostra o IEC", ponderam os economistas da Fecomercio-SP.

A pesquisa indica também a queda de 0,7% no ICC entre os consumidores com renda inferior a dez salários mínimos, parcela essa mais sensível às mudanças na economia. É importante observar que resultados semelhantes também se verificaram em relação ao IEC (-0,3%) e ao ICEA (-1,5%).

Público feminino Ainda de acordo com nota da Fecomercio, o maior pessimismo em relação às condições da economia predominou, mais uma vez, entre o público feminino, com queda de 1,4%. "A percepção das consumidoras resulta do fato delas acompanharem mais de perto as contas da casa, tornando-se assim mais sensíveis às pequenas mudanças econômicas sentidas no dia-a-dia. Da mesma forma, ao ICC referente à parcela da população com 35 anos ou mais registrou queda de 2,2%".





Fonte: Agência Estado

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