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Internacional
Quinta - 02 de Março de 2006 às 20:10

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O Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia anunciou hoje uma trégua em suas ações guerrilheiras devido às eleições legislativas de 12 de março e fez votos para que no novo Congresso entrem "outras tendências políticas".

O comando do ELN fez o anúncio de Havana, onde na semana passada terminou uma nova rodada de diálogos com representantes do Governo colombiano, dentro da fase de negociações começada no final do ano passado.

"Antonio García", segundo no comando do ELN, leu um comunicado em que se anuncia o fim de hostilidades como "uma manifestação expressa de sua vontade de paz".

Os representantes do ELN e do Governo realizam conversas de paz em Cuba desde dezembro e na semana passada anunciaram o fechamento satisfatório das primeiras reuniões deste ano e um recesso até abril próximo para consultas e contatos com a sociedade civil que enriqueçam o debate.

"O ELN, como manifestação expressa de sua vontade de paz e para afiançar esta projeção para a democratização da Colômbia, não realizará nenhuma ação militar que afete a jornada eleitoral de 12 de março", anunciou o movimento rebelde.

Minutos mais tarde, o porta-voz do grupo guerrilheiro declarou à rádio colombiana "RCN" que "a mensagem do ELN é mudar os costumes políticas" e "que cheguem ao Parlamento outras tendências políticas".

"O Parlamento deve agir (...) na construção da paz. O país deve girar um pouco mais à democracia", disse o rebelde, que não descartou uma possível participação desse grupo na política.

Ele expressou que na medida em que o processo avançar "é preciso considerar também as opções políticas que o ELN deve tomar para frente".

"Também não haverá apoio específico ou chamada a votar a favor de ninguém, nem contra de ninguém. Entendemos que se trata de uma opção que as pessoas devem tomar e o pedido é que essa opção seja o mais objetiva, razoável e madura possível que favoreça a paz e a democratização da Colômbia", disse.

O ELN, fundado em 1964 e com aproximadamente 5.000 integrantes, é a maior guerrilha do país em tamanho depois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que desatou há duas semanas uma ofensiva terrorista em várias regiões colombianas.

Em 12 de março os colombianos elegerão os mais de 260 membros do Senado e da Câmara de Representantes para o período 2006-2010 e em 28 de maio elegerão o presidente da República entre vários candidatos, entre eles o atual governante, Álvaro Uribe.





Fonte: EFE

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