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Economia
Quarta - 01 de Março de 2006 às 13:24

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Se as projeções de economistas e representantes de setores industriais estiverem certas, a produção industrial cresce no mínimo 3% neste ano em relação a 2005. Os mais otimistas com o desempenho da economia prevêem expansão de até 4,7%.

A indústria cresce em 2006, dizem eles, porque tudo indica que a taxa de juros básica da economia vai continuar em queda, as exportações vão se manter nos níveis atuais, o salário mínimo teve reajuste real de cerca de 11% (maior do que o de 2005, de cerca de 8%) e o governo tende a gastar mais neste ano de eleição.

"O comércio entrou no ano de 2006 com baixo nível de estoque, o que deve gerar mais encomendas para as indústrias", diz Antonio Luis Licha, coordenador do Grupo de Conjuntura do Instituto de Economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Licha é um dos economistas mais otimistas entre os consultados pela Folha. Estima crescimento de 4,5% da produção industrial neste ano sobre 2005 e de 6% na comparação entre janeiro e dezembro deste ano.

"Não há mais fantasmas assolando o governo brasileiro. A indústria só terá pior desempenho se a cotação do dólar permanecer em R$ 2,10 ou ficar abaixo disso. Aí, sim, teremos de rever as projeções", afirma.

Com juros em queda, assim como o risco-país, os empresários têm mais disposição para investir. "Isso vai ajudar a puxar a produção de bens de capital", afirma Braulio Borges, economista da LCA Consultores, que prevê aumento de 4,7% da produção neste ano sobre 2005.

O aumento real do salário mínimo, na análise de Borges, vai estimular as vendas de bens semi-duráveis, como roupas e calçados, e de bens não-duráveis, como alimentos e bebidas.

"Os bens de consumo duráveis vão perder fôlego, o que é natural, pois o consumidor não troca de geladeira todos os anos", afirma o economista da LCA.

Outro ponto a favor da indústria neste ano, na opinião de Fábio Silveira, diretor da RC Consultores, é o crescimento da massa real de salários --estima que deve crescer entre 4,5% e 5% neste ano no país. "Isso ajuda a economia brasileira a ingressar numa trajetória de retomada mais firme."

Representantes das indústrias estão menos otimistas que os economistas. Consideram que a performance do setor industrial não será muito diferente da de 2005.





Fonte: 24HorasNews

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