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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Quarta - 01 de Março de 2006 às 09:26

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Santuário Ecológico Mundial, o Pantanal Mato-grossense é a maior planície úmida do Planeta, com uma superfície de mais de 200 mil quilômetros quadrados em território brasileiro. No Pantanal é clara a interdependência entre o homem e a natureza. “É uma região frágil, onde a vida silvestre pode ser observada com facilidade no meio de uma diversidade paisagística de campos, florestas, alagados e capões” – escrevem os especialistas.

Verão, primavera e outras estações comuns e, assim como o relógio, precisam ser esquecidos. A atividade e o tempo são diferenciados e seguem o ritmo das águas, da natureza e do homem pantaneiro. Estudos sobre a ocupação humana da área correspondente aos pantanais indicam que, no mínimo há 8000 A. P. (antes do presente), a região já era habitada por indígenas.

Os primeiros homens brancos chegaram em 1524, quando ocorreu a primeira expedição de reconhecimento da região. Subindo o Rio Paraguai, chegaram até a barra do Rio Miranda, agora em Mato Grosso do Sul. Pelo Tratado de Tordesilhas, o Pantanal pertencia aos espanhóis. Estes depararam-se com um território ocupado por sociedades indígenas, Guarani em sua maioria. Entretanto, com as descobertas das minas de ouro e prata no Peru e no México, a colonização da região pantaneira não foi prioridade.

A partir da segunda metade do século XVI, os bandeirantes paulistas foram se interiorizando pelo Brasil, alcançando as áreas sob o domínio espanhol, desbravando essas terras com a finalidade de capturar indígenas para a escravização e em busca de pedras e metais preciosos. Deste modo, chegaram à chapada cuiabana no início do século XVIII, seguindo pelos rios Tietê, Paraná e afluentes do Paraguai.

A descoberta dos aluviões de ouro em Cuiabá, às margens do rio Coxipó, atraiu um contigente populacional, dando início a um período de sangrentos conflitos entre bandeirantes e os tradicionais habitantes da terra: as comunidades Bororo, Paiaguá (os índios canoeiros, hoje já extintos), Guató (atualmente ocupantes da Ilha Insua, Mato Grosso do Sul), Guaikuru (ascendentes dos Kadiweo), entre outros.

Estas comunidades resistiram à invasão de seus territórios, (a Leste a pressão lusitana, a Oeste, a espanhola), constituindo um sério entrave à colonização; algumas sociedades foram levadas à extinção e outras, empurradas para regiões mais interiores, rumo às áreas de menor interesse econômico.

Em 1750, o Tratado de Madri, oficializou a incorporação de vastas possessões espanholas ao território colonial português. As disputas com os espanhóis pela consolidação e ampliação das fronteiras nacionais levou os colonizadores luso-brasileiros a erguerem fortalezas militares como o Forte Coimbra (1775), nas proximidades de Corumbá; vários núcleos e vilas surgiram nesse contexto: Corumbá, São Pedro del Rei (Poconé), Vila Maria do Paraguai (Cáceres) e Miranda. No entorno das minas, instalaram-se atividades econômicas visando o abastecimento do incipiente mercado consumidor: pequenos engenhos de cana, lavoura e pecuária, contribuindo para a ocupação gradual do território.





Fonte: 24HorasNews

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