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Meio Ambiente
Terça - 28 de Fevereiro de 2006 às 17:20

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A sabedoria dos povos indígenas do Acre tem sido usada por falsos terapeutas para atrair interessados em curas milagrosas. O alerta é dos próprios índios. Os líderes da comunidade Yawanawa denunciaram o uso indevido de uma substância retirada da barriga da rã Phyllomedusa bicolor, conhecida popularmente como vacina do sapo kambô.

O índio Joaquim Luiz explicou que a secreção é, para os povos indígenas do Acre (Yawanawa, Katukina e Kaxinawa), uma espécie de vacina que protege contra as doenças, as energias negativas, além de rejuvenescer as energias de uma pessoa. No entanto, o material é utilizado com os cuidados próprios de uma cerimônia milenar.

"A gente está ouvindo muito falar que, no Sul do país, as pessoas usam a vacina sem respeito, visando o lucro com a venda do leite do sapo pela Internet e aplicação do mesmo sem nenhum tipo de preparo e nenhuma permissão dos povos indígenas, com risco até de morte", alertou Joaquim Luiz.

De acordo com ele, as comunidades indígenas estão envolvidas em um projeto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para proibir o uso do sapo kambô até que haja uma lei que proteja o conhecimento dos índios.

Há dois anos, Anvisa já havia determinado a suspensão de toda propaganda da vacina veiculada nos meios de comunicação. A venda é considerada crime ambiental.





Fonte: Agência Brasil

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