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Esportes
Sábado - 25 de Fevereiro de 2006 às 09:51

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Palavras imediatamente associadas ao Brasil, Carnaval e futebol sempre andaram lado a lado. Bons foliões, muitos jogadores não dispensam participação na festa e são figurinhas carimbadas em trios elétricos e desfiles de escolas. Combinações que nem sempre dão samba.

Os amigos Vampeta e Edílson são bons exemplos. Recentemente contratado pelo Vasco da Gama, o último recebeu dispensa para curtir o feriado na Bahia e só se apresentar depois do Carnaval.

Para todos os efeitos, Edílson vai a Salvador a "trabalho". O baiano é dono de um trio elétrico e vai "comandar seus empregados". "Ele vai trabalhar durante o Carnaval, por isso não virá", justificou o técnico do clube, Renato Gaúcho, que se mostrou compreensivo.

Um preparador do clube foi mandado a Salvador para auxiliar o atacante no condicionamento físico.

Querendo arriscar da Cumbia, variação do merengue argentino, para o samba, o atacante corintiano Carlos Tevez foi convidado para um grande camarote do Carnaval carioca e chegou a confirmar presença. Porém, o jogador vai defender a Argentina no dia 1º de março, na Suíça (amistoso contra a Croácia) e terá que se apresentar cinco dias antes.

Além dos baianos, os cariocas são outros difíceis de afastar dos camarotes e passarelas. Caso do atacante do Palmeiras Enílton. "Sou carioca, quero passar a folga em um camarote, vendo a Mangueira arrebentar na avenida. Vou ficar numa boa, sem excessos, se o comandante Leão deixar."

Faltava esse detalhe: permissão para cair na folia de um tradicionalmente rígido Leão. "Eles podem aproveitar, mas desde que não haja excessos", foi o veredicto do treinador do Palmeiras, para surpresa e alegria dos jogadores.

"O Leão tem sido fantástico, dá liberdade e foi bacana até em dar o domingo e a segunda de folga. É uma oportunidade de estarmos com os nossos familiares", comemorou Edmundo, o parceiro de Enílton no ataque.

Edmundo, sim, é um exemplo de outros carnavais. O meia já teve muitos problemas em "pular a cerca" do clube para curtir o Carnaval. E reconhece isso: "O Carnaval é maravilhoso, mas me trouxe mais prejuízos do que benefícios".

Quando jogava na Fiorentina, da Itália, em 1998, o jogador não conseguia titularidade na equipe, brigou com o técnico e veio ao Brasil "espairecer" um pouco. Na época do feriado, claro.

Edmundo desfilou com uma camisa da diretoria do Salgueiro e um paletó vermelho, atrás do carro abre-alas da escola. "Aqui sempre serei titular", afirmou no Carnaval de 98.

Quando foi contratado pelo Verdy Tóquio, do Japão, Edmundo se contundiu e veio ao Brasil para se submeter a uma cirurgia no pé. Para surpresa dos japoneses, no entanto, o atleta apareceu no dia seguinte no Sambódromo do Rio de Janeiro de muletas.

Agora no Palmeiras, o atacante demonstrou, nesta semana, vontade de sambar, mas com palavras de cautela. "Primeiro vamos trabalhar para o Palmeiras continuar brigando pela liderança. Depois, se deixarem, eu vou curtir o Salgueiro lá no camarote, para não cansar. Sabe como a torcida aqui é exigente, não é?", declarou.

O mesmo Edmundo, que parece mais maduro em campo, pode estar caindo no samba com o mesmo comportamento: "Vou curtir, ver os amigos, mas não tem motivo para exagerar."





Fonte: Terra

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