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Economia
Terça - 21 de Fevereiro de 2006 às 13:52

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"Gabrielli reconheceu que o projeto enfrentou sérios obstáculos, inclusive considerações de cunho ambiental", além de questões ligadas a finanças, propriedade e regulamentação, "mas caso seja concluído, ele terá 'um enorme impacto sobre a matriz energética da América Latina', possibilitando uma série de atividades dependentes de energia como a produção de aço e de fertilizantes".

De acordo com o artigo do Financial Times, o presidente da Petrobras disse: "As redes de gás são fundamentais (para o crescimento econômico). Veja o que está acontecendo na Ucrânia, na Europa (ocidental) e nos Estados Unidos. O mundo precisa dessas veias".

Segundo o artigo, críticos do projeto para o gasoduto, de 8 mil quilômetros, dizem que ele é motivado mais "por considerações políticas do que comerciais e que, com as distâncias envolvidas, seria mais econômico liquidificar o gás para entrega por navio".

Negação do Holocausto

A condenação do historiador britânico David Irving a três anos de prisão na Áustria por negar o Holocausto dominou vários jornais europeus nesta terça-feira.

O Der Standard, de Viena, destaca a necessidade de manter leis que tornem um crime negar o Holocausto, apesar de argumentos que defendam a liberdade de expressão.

Pessoas como David Irving "sabem muito bem, ou podem verificar, que estes crimes inconcebíveis aconteceram e como eles aconteceram", afirma a publicação. Seu objetivo é "negá-los, trivializá-los e torná-los politicamente aceitáveis".

E tolerar tentativas de considerar o Nacional Socialismo inofensivo seria "pedir demais da democracia", e seria uma traição "deplorável" de suas vítimas, afirma o Der Standard.

Irving tinha duas opções, segundo o Tages Zeitung, editado em Berlim. Ele poderia se tornar "um mártir imortal nos meios neonazistas internacionais ao manter suas opiniões", ou poderia "pleitear uma sentença mínima ao adotar uma postura discreta de arrependimento". Irving pediu desculpas por suas opiniões anteriores e retirou as declarações que o levaram diante do tribunal.

"Pode ser que ele simplesmente queria sair rápido de uma prisão austríaca ou pode ser que ele tenha visto uma oportunidade para ser levado a sério novamente como historiador."

Seja qual for a razão, o jornal diz que o que David Irving disse no tribunal representou "o sepultamento do mito da 'mentira de Auschwitz'".

O caso de Irving mostra claramente que a Europa tem seus tabus, disse o Mlada Fronta Dnes, de Praga.

"Parece que há uma diferença entre a revolta de ativistas muçulmanos furiosos (contra a publicação de charges satirizando o profeta Maomé) e um tribunal sofisticado na Áustria", disse o jornal, acrescentando que "certos pensamentos não podem ser declarados publicamente" nas duas sociedades - a muçulmana e a ocidental.

O jornal critica as opiniões de Irving dizendo que são de extremo mau gosto e altamente ofensivas para as vítimas. "Por isso ele merece nossa condenação moral, mas não deveria ter sido levado diante de um tribunal."

"Há muitas provas sólidas, escritas e orais" e portanto "não há perigo de o Holocausto ser esquecido, mesmo depois que o último sobrevivente morrer", afirmou artigo publicado no jornal israelense Haaretz.

O jornal destaca que o veredito contra o historiador indica é uma mudança na sociedade austríaca nos últimos anos. "Como a Alemanha comunista, durante anos os austríacos costumavam fingir que não tinham tomado parte nos crimes nazistas."

Iraque

O embaixador dos Estados Unidos no Iraque advertiu com uma veemência pouco usual para que as facções políticas iraquianas se unam, noticiou o jornal americano The New York Times.

Zalmay Khalilzad indicou que seu país não vai investir em instituições públicas cruciais minadas por objetivos sectários.

Tabus

Metade dos bebês nascerão de mães solteiras em 2012 na Grã-Bretanha se as atuais tendências continuarem, noticiou nesta terça-feira o jornal britânico The Daily Telegraph.

A projeção foi feita por Peter Brierley, um ex-estatístico do governo britânico.

Segundo Brierley, especializado em tendências na área da religião, o número de casais casados cairá de 62% em 2001 paa 49% em 2007.

O jornal diz que a pesquisa de Brierley sugere que está acontecendo uma "rápida erosão de tabus morais e religiosos".





Fonte: BBBC Brasil

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