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Politica Brasil
Sábado - 11 de Fevereiro de 2006 às 07:44

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As divergências pontuais entre o PT e o PSDB têm ficado apenas no âmbito nacional. Em Cuiabá as principais lideranças das duas legendas, a senadora petista Serys Marly e o prefeito tucano Wilson Santos, estão atuando em sintonia nas decisões políticas e nas articulações de emendas para a Capital. A parlamentar esteve ontem pela manhã com o chefe do Executivo para motivar o tucano na mobilização para trazer para Cuiabá a fábrica de fertilizantes da Petrobras.

Apesar de reconhecer a atuação do governador Blairo Maggi, a senadora observou que falta maior insistência do chefe do Executivo do Estado com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para a questão.

A disputa pela fábrica está entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, expondo também uma tremenda queda-de-braço interna no Partido dos Trabalhadores, onde os principais defensores de cada estado vão disputar os governos estaduais este ano, quer dizer, do lado de cá, a senadora Serys; no estado vizinho, o senador Delcídio do Amaral.

Além de destacar o trabalho do prefeito, a senadora assegurou que na segunda-feira integra a comitiva liderada por Wilson Santos, a qual vai discutir com o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, a questão da implantação da fábrica em Cuiabá, cuja instalação tem um custo de U$S 700 milhões e vai gerar 600 empregos diretos.

O prefeito foi só elogios à senadora, sobretudo pela sua atuação em várias frentes. “O gabinete da senadora em Brasília tem sido o escritório da prefeitura de Cuiabá”, acrescentou Santos. Ele observou também a disputa interna que a petista tem enfrentado no seu partido para trazer o empreendimento para Cuiabá. “Ela (Serys) é uma lutadora incansável”, apontou o prefeito, durante entrevista coletiva no salão Nobre do Palácio Alencastro.

O prefeito fez questão de ressaltar a atuação da petista que, independente da posição partidária, tem atendido aos interesses da Capital com emendas. Foram R$ 3 milhões de recursos empenhados no Orçamento da União para a pavimentação asfáltica na periferia de Cuiabá.

A senadora ponderou que se trata de uma disputa pesada e difícil. Porém ela observou que já esteve pior, quando havia vários estados na disputa. Para ela, a meta agora é transformar a disputa política em técnica. A petista explicou que Cuiabá atende a todos os critérios técnicos observados pela Petrobras. A pendência que restava era com relação à MT Gás, já que a estatal de petróleo tem participação na MS Gás. Para equilibrar a disputa, o governador Blairo Maggi disponibilizou, por meio de um documento, a venda da empresa para a Petrobras.

“Precisa sim da mobilização da sociedade e foi importante o prefeito desencadear este movimento”, apontou a senadora. Também na oportunidade, o Fórum Pró-Ferrovia hipotecou apoio ao prefeito para atrair a fábrica para o Estado.

Também na próxima semana, o governador, segundo o prefeito, envia mensagem para a Assembléia Legislativa, na qual pede autorização para negociar a MT Gás.




Fonte: Diário de Cuiabá

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