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Meio Ambiente
Sexta - 10 de Fevereiro de 2006 às 15:14

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São Paulo - Não é da música que os adolescentes gostam, eles só querem se enturmar. A conclusão é de uma pesquisa realizada por sociólogos e publicada na edição desta sexta-feira da revista Science. A notícia não é muito boa para os gênios incompreendidos - a pressão social que transforma uma canção em sucesso pop deve muito mais ao acaso que à qualidade do material, de acordo com o trabalho do sociólogo Duncan Watts, da Universidade Columbia.

Watts realizou a pesquisa colecionando 48 canções de bandas desconhecidas e oferecendo-as num website, dividido em oito páginas. Cada visitante era dirigido, aleatoriamente, a uma dessas páginas onde poderia ouvir quaisquer canções, dar a cada uma nota de 1 a 5 e baixar de graça as músicas que quisesse. Algumas das canções foram muito mais copiadas que outras, e como a escolha de cada visitante do site era independente das dos demais, os trabalhos mais solicitados foram definidos como " músicas boas".

Outros visitantes do website, no entanto, eram dirigidos a páginas onde, ao lado de cada canção, havia o número de vezes em que ela havia sido baixada. Depois de tabular as preferências de 14.000 visitantes, os pesquisadores encontraram um certo tributo à qualidade: músicas boas sempre apareciam com bons números e músicas ruins, com números baixos. Mas quando os visitantes passaram a ter acesso à informação sobre o que os outros andavam baixando, a probabilidade das músicas mais requisitadas se transformarem em supersucessos disparou. Isso indica que saber o que os outros fizeram influenciou o comportamento dos visitantes posteriores.

Além disso, o sucesso foi distribuído ao acaso. Cada uma das oito páginas de download continha as mesmas 48 músicas, mas em cada uma delas uma relação diferente de canções atingiu o top 10. Os pesquisadores não encontraram um meio de prever qual música cairia no gosto dos ouvintes. O estrelato é como um lance de dados, concluiu Watts.




Fonte: Agência Estado

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