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Economia
Segunda - 06 de Fevereiro de 2006 às 08:09

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Com o fim do petróleo, o biodiesel será uma importante fonte de combustível para os países ricos e servirá também para promover o desenvolvimento econômico das nações pobres, afirmou nesta segunda-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele destacou, em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, que o Brasil tem condições de ser o principal fornecedor mundial do produto.

"Agora nós vamos oferecer uma alternativa aos países ricos que podem fazer com que suas indústrias, seus investimentos se dirijam a países mais pobres como os países da América Latina, o Brasil, os países mais pobres dos africanos, desenvolver esses países produzindo o biodiesel para ser utilizado nos países ricos".

Revolução de empregos

O presidente reforçou ainda que a produção de biodiesel promoverá a geração de mais empregos no campo. "Vai ser uma revolução na geração de empregos, sobretudo para a agricultura familiar", disse no programa.

O biodiesel é um combustível renovável produzido de diversas plantas oleaginosas, como mamona, dendê, girassol, babaçu, amendoim, pinhão manso e soja. Além de melhorar a renda do trabalhador rural, o uso do biocombustível, segundo Lula, reduzirá os gastos do governo com a importação de petróleo e a poluição. "Eu acho que o planeta terra vai agradecer ao mundo por ter criado uma alternativa menos poluente do que o óleo diesel e a gasolina", afirmou.

Na semana passada, a Petrobras assinou o primeiro contrato de compra de biodiesel com quatro usinas (Brasil Ecodiesel, Granol, Soyminas e Agropalma), resultado do primeiro leilão do combustível realizado em novembro do ano passado. A estatal adquiriu 65,3 milhões de litros do produto, segundo o Ministério de Minas e Energia. De acordo com Lula, outro leilão será promovido em abril, quando serão negociados 500 milhões de litros.

A mistura do biodiesel é prevista pela Lei 11.097 de 2005, que determina a obrigatoriedade, a partir de 2008, da adição de 2% do produto ao óleo diesel e aumenta o percentual para 5% nos cinco anos seguintes. "Eu acho que esse tempo nós vamos superar porque a necessidade está exigindo que nós sejamos mais rápidos".




Fonte: Invertia

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