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Internacional
Segunda - 06 de Fevereiro de 2006 às 03:05

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A China mostrou sua "grande indignação" pelas declarações do ministro de Assuntos Exteriores do Japão, Taro Aso, que declarou que o alto nível da educação em Taiwan tem sua origem nos 50 anos de ocupação japonesa da ilha. "Estamos consternados e manifestamos nossa grande indignação pelas declarações do ministro de Assuntos Exteriores do Japão, que abertamente glorificam a história de invasão", declarou o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores da China, Kong Quan, em declarações recolhidas hoje pela imprensa estatal.

Os comentários de Aso, disse Kong, "ferem os sentimentos do povo chinês" e "em última instância causarão prejuízo ao Japão".

As declarações do ministro japonês, que em dezembro passado tachou a China de "importante ameaça militar", e a irada resposta de Pequim chegam no mês em que ambos países deveriam retomar o diálogo bilateral oficial.

A ocupação japonesa "fez com que o povo de Taiwan sofresse escravidão e levou um grande desastre à nação chinesa. É um fato que todo o mundo conhece. O meio século de colonização da ilha (1895-1945) foi um horrível aspecto da invasão militar japonesa contra a China", afirmou Kong.

A rivalidade econômica, os sintomas de crescente nacionalismo na política japonesa, as manifestações antijaponesas do ano passado na China e as disputas pelas jazidas de gás nas águas que ambos os países reivindicam elevaram a tensão nos últimos meses.

Além disso, a questão de Taiwan, que a China considera uma "ilha rebelde", transformou-se em outro tema espinhoso, sobretudo desde a declaração conjunta assinada no ano passado pelos EUA e Japão, na qual consideram a paz no estreito de Taiwan como objetivo estratégico comum.

Segundo um editorial publicado hoje pela agência oficial Xinhua, as declarações de Aso desafiam o comunicado conjunto assinado em 1972 entre os dois países quando estabeleceram relações diplomáticas, pois o ministro se referiu à ilha como um "país".

O Japão concordou que a República Popular da China era "o único Governo legítimo" quando estabeleceram relações diplomáticas.

"Como máximo diplomata japonês, Aso não honrou o compromisso do Governo japonês e, portanto, danificou a credibilidade de Tóquio", concluiu o editorial.




Fonte: EFE

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