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Economia
Quinta - 02 de Fevereiro de 2006 às 06:52
Por: Marcondes Maciel

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Em companhia de lideranças produtoras do Estado e representantes da iniciativa privada, o governador Blairo Maggi reúne-se hoje em Brasília com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Roberto Rodrigues, para reforçar o pedido de liberação do restante do território de Mato Grosso como área habilitada a exportar carne in natura para a União Européia (UE). Atualmente, segundo levantamento do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), apenas 49% do rebanho bovino do Estado estão credenciados a vender carne para o bloco europeu. Outros 51% do rebanho (totalizando mais de 13,51 milhões de cabeças), não estão habilitados para o comércio internacional quando o destino é a UE. “O governador já formalizou o pedido de habilitação através de documento enviado ao Mapa e, agora, vai tentar sensibilizar o governo federal a assumir também esta luta a favor de Mato Grosso”, explicou o presidente do Indea, Décio Coutinho. Maggi vai mostrar o resultado da última campanha de vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso, realizada nos meses de novembro e dezembro, que atingiu números recordes. A cobertura vacinal alcançou 99,45% do rebanho estadual. Das 26,84 milhões de cabeças cadastradas pelo Indea, foram vacinadas 26,69 milhões. “Os dez anos sem aftosa que acabamos de comemorar e, ainda, os últimos números da vacinação demonstram a responsabilidade do governo e produtores no sentido de manter o status de Mato Grosso como área livre de febre aftosa (com vacinação)”, ressalta Coutinho. Segundo ele, o envolvimento da classe produtora foi fundamental para que o Estado atingisse esse status. “Dessa forma, o governador terá mais respaldo para reivindicar junto ao governo federal à União Européia a habilitação de todo o Estado para exportação de carne”, afirmou o presidente do Indea. De acordo com o coordenador da Área Pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Luís Carlos Meister, a habilitação é importante porque agregará mais renda para o produtor, ao mesmo tempo em que o Estado ampliará as suas exportações. Os produtores alegam que, pelo fato de Mato Grosso não possuir habilitação total, a diferença entre a carne comercializada entre as duas áreas (credenciada e não habilitada) chega a representar 10%. “Habilitando todo Mato Grosso traremos maior ganho aos produtores, que são o elo mais importante nessa cadeia pecuária e, conseqüentemente, ao Estado”, lembra o presidente da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), Jorge Pires. Em Brasília, Blairo Maggi fará uma ampla explanação das ações que o seu governo vem realizando no sentido de manter a aftosa sob controle. “A nossa meta agora será a erradicação definitiva da doença”, anuncia o presidente do Indea, Décio Coutinho. Homero Pereira, presidente da Famato, afirma que os produtores fizeram a sua lição de casa e continuarão trabalhando para que Mato Grosso mantenha o status de área livre de febre aftosa. No ano passado, governo e produtores investiram R$ 35 milhões para combater a febre aftosa em Mato Grosso.




Fonte: Diário de Cuiabá

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