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Meio Ambiente
Quarta - 01 de Fevereiro de 2006 às 07:32

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A ricina, uma mortífera toxina bioquímica que preocupa os especialistas porque pode ser usada em ataques terroristas, pode ser neutralizada com o desenvolvimento de uma nova vacina experimental, anunciaram pesquisadores americanos nesta terça-feira.

Cientistas do Centro Médico da Universidade do Sudoeste do Texas informaram que os resultados de um ano de testes mostram que, com uma vacina recombinada, pode-se obter anticorpos para bloquear os efeitos venenosos da ricina, de acordo com artigo publicado na Internet por uma revista da Academia Nacional de Ciências americana.

Os cientistas testaram a vacina em humanos que foram injetados com uma versão desativada de ricina. O reativo também foi testado de maneira efetiva em ratos, com uma amostra ativa do veneno.

"Nossa maior preocupação era que o teste fosse seguro", comentou Ellen Vitetta, especialista em câncer da universidade texana e diretora do estudo.

"Pegamos uma toxina mortal (que foi) tratada com reengenharia genética para que fosse segura, a fim de induzir uma proteção imunológica nos humanos", explicou.

A ricina é uma toxina biológica feita com sementes de mamona e que ganhou uma lendária reputação no mundo da espionagem e do terrorismo. Este veneno foi utilizado para matar o dissidente búlgaro Georgi Markov em Londres, em 1978.

Markov foi assassinado com um dardo cheio de ricina escondido no guarda-chuva de um agente da então KGB, em um dos mais notórios crimes da Guerra Fria. Em 2003, descobriu-se ricina em duas cartas interceptadas pelas autoridades postais dos EUA e uma delas era dirigida à Casa Branca.





Fonte: AFP

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