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Economia
Segunda - 23 de Janeiro de 2006 às 07:55

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Cerca de 70% da receita obtida com o recebimento das mensalidades pelos estabelecimentos privados de ensino é destinada a quitar a folha de pagamento da equipe pedagógica e de apoio educacional. Os custos operacionais, impostos, investimentos e lucro são retirados do bolo restante, de 30%, informa o presidente do Sinepe, Gelson Menegatti. Ele enumera que, além dos encargos sociais dos trabalhadores, como recolhimento para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), as escolas particulares também são tributadas como qualquer outra empresa.

Ele lembra que, em Cuiabá, por exemplo, o Imposto sobre Serviços (ISS) pago pelos estabelecimentos que oferecem o Ensino Fundamental demanda 3% da receita. As escolas de Ensino Médio são tributadas em 5%. O condicionador de ar também é um dos grandes vilões das escolas em Mato Grosso. As altas temperaturas fazem com que o equipamento seja um item básico em qualquer sala de aula. "Isso encarece muito as despesas com energia elétrica". Os gastos associados à falta de pagamento das mensalidades engessa os estabelecimentos.

O crescimento desenfreado no número de novas escolas cria uma concorrência que também prejudica outras instituições de ensino, frisa o presidente do Sinepe. Ele lembra que somente no ano de 2005 começaram a operar cerca de 40 novas escolas em Mato Grosso. Por ser necessário um investimento alto e devido ao retorno demorado muitas não se mantêm por muito tempo. Uma redução natural na demanda em decorrência da queda no número de filhos por família também está afetando os estabelecimentos que trabalham com Educação Infantil. (AM)




Fonte: A Gazeta

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