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Economia
Sexta - 20 de Janeiro de 2006 às 07:17
Por: Anelize Moreno

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Após 5 anos de resultados positivos Mato Grosso acumula saldo negativo na geração de empregos formais. A crise enfrentada pelos setores agropecuário e madeireiro levaram os números para o vermelho. No ano passado o Estado acumulou déficit de 5,776 mil postos de trabalho, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. De janeiro a dezembro foram contratados 240,380 mil trabalhadores e demitidos 246,156 mil. Em 2004 houve saldo positivo de 27,768 mil vagas, sendo que foram registradas 253,451 mil admissões contra 225,683 desligamentos. Em 1999, primeiro ano em que foi feito o levantamento, houve déficit de 2,853 mil vagas no Estado.

Na indústria de transformação o déficit chegou a 4,316 mil vagas em 2005. Foram contratados 46,736 mil funcionários e demitidos 51,052 mil. O pior resultado foi sentido pelo segmento madeireiro e mobiliário, que contratou 10,704 mil pessoas no período e desligou 16,978 mil, acumulando saldo negativo de 6,274 mil empregos. Para o consultor econômico da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Carlos Vitor Timo, o resultado é consequência do fechamento ou redução nas atividades das empresas após a Operação Curupira, com a suspensão na liberação das Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPFs) e planos de manejo.

As indústrias metalúrgicas apresentaram déficit de 381 empregos, resultado da abertura de 1,891 mil vagas e fechamento de 2,272 mil. O segmento foi afetado pela redução do dinheiro em circulação no Estado, provocado pelos problemas nas atividades madeireira e agropecuária que acarretaram um efeito cascata nos demais ramos econômicos de Mato Grosso.

A indústria têxtil e de vestuário teve o 3º pior desempenho no segmento, com saldo negativo de 356 postos de trabalho. As fábricas admitiram 2,786 mil empregados e demitiram 3,142 mil.

O gênero industrial foi afetado pela desvalorização do dólar perante o real por se tratar basicamente de empresas exportadoras que separam o caroço de algodão da pluma, avalia Timo.

A indústria de produtos alimentícios e bebidas totalizou o melhor resultado do ano, com saldo positivo de 2,585 mil vagas formais. O ramo de atividade abriu de janeiro a dezembro 24,504 mil oportunidades de trabalho e extinguiu 21,919 mil vagas.

Para Timo este é o último setor a ser afetado, mesmo em momentos de crise econômica. Isso porque as pessoas continuam consumindo produtos alimentícios em qualquer circunstância. O ramo de atividade engloba em Mato Grosso os frigoríficos, fábricas de bebidas e de óleo de soja, entre outros.




Fonte: A Gazeta

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