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Educação/Vestibular
Quinta - 19 de Janeiro de 2006 às 14:47

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A expectativa da comunidade do bairro Lixeira, em Cuiabá, em ter a Escola Estadual Antônio Epaminondas transformada em Escola Militar do Corpo de Bombeiros foi descartada hoje (19) pela secretária Estadual de Educação, Ana Carla Muniz. Porém, a secretária garantiu a reativação da escola ainda este ano, se a instituição de ensino conseguir realizar as matrículas de 700 alunos. A escola tem 10 salas de aula. Elas comportam 1.100 mil alunos, mas segundo Ana Carla Muniz, trabalha com apenas 230 estudantes.Desse número 40 já se matricularam em outras instituições.

Segundo a deputada Vera Araújo (PT), a medida está sendo imposta sem uma discussão mais ampla com a comunidade. A parlamentar disse ainda que as discussões foram mal conduzidas, o que acabou gerando expectativas de que a Escola Epaminondas seria transformada em Escola Militar.

Para a deputada, a comunidade atendeu um chamado da secretaria de Educação e do Corpo de Bombeiros, por isso os pais matricularam seus filhos na escola.

“Muitas crianças se inscreveram e muitos pais transferiram seus filhos de outras unidades escolares e, por isso, não tem mais como remanejá-los. É preciso que alguns órgãos assumam a responsabilidade porque criaram expectativa à comunidade. Agora o impasse precisa ser resolvido”, destacou Vera Araújo.

A deputada disse ainda que é uma irresponsabilidade do governo criar expectativas à comunidade e, próximo do começo do ano letivo, dizer que não tem condições de transformar a instituição em Escola Militar.

“Participei de uma reunião na comunidade onde estiveram presentes mais de mil pessoas. Isso é muito sério. Isso significa que o governo está enganando as pessoas e criando falsas expectativas”, observou Vera Araújo.

Do encontro ficou decidido que a comissão da comunidade vai se reunir hoje (19) à noite para discutir a proposta feita pela Seduc. Por outro lado a Secretaria de Educação vai formar uma comissão, para que na próxima quarta-feira (25), os pais possam fazer as matrículas regulares na administração da escola. O prazo é até dia 10 para efetivação da matricula.

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Brugnoli, afirmou que a função constitucional do CB não é educação, mas sim militar. Porém, a comunidade do bairro Lixeira se precipitou ao realizar processo seletivo.

“Eles queriam garantir uma vaga e conduziram o processo sem autorização e sem procedimento legal. Houve sim uma vontade de eles ocuparem o espaço”, destacou o coronel.

Segundo o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Lixeira, Jorge Filho da Silva Evangelista, a reativação da escola Antônio Epaminondas é aceita pela comunidade, "com todas as condições de ser transformada em Escola Militar, nos moldes da Escola Tiradentes”.

Já em relação ao Colégio Livre Aprender, a secretária afirmou que será usado um outro espaço físico, porque existe uma demanda reprimida. “Isso é necessário porque existem mais alunos. Essa discussão já foi feita para atender as 135 crianças que estão na escola e mais 160 que estão na lista de espera. A escola atende crianças com problemas neurológicos”, destacou.





Fonte: Assembléia Legislativa

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