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Repórter News - reporternews.com.br
Meio Ambiente
Segunda - 16 de Janeiro de 2006 às 08:05

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Células-tronco em chifres de veados podem conter a chave para o segredo da regeneração de membros, acreditam cientistas do Royal Veterinary College de Londres. Um novo estudo demonstra que a regeneração das galhadas usa um mecanismo parecido com o do desenvolvimento de membros.

Ambos dependem de células-tronco, que são células imaturas com capacidade de transformar-se em diferentes tipos de tecido.

Ao compreender como o processo se dá, os cientistas poderiam chegar perto de um dos sonhos da medicina: restaurar pernas e braços perdidos em amputações.

Mamífero

Anfíbios como a salamandra tem a capacidade de regenerar partes do corpo, mas os veados são o único exemplo de mamíferos que conseguem ter um órgão complexo - a galhada - completamente recuperado, depois de cortado.

Os chifres são feitos de ossos que crescem, morrem, caem e voltam a crescer.

Apesar de estarem mortas quando são usadas para brigas, enquanto estão crescendo as galhadas são compostas de ossos vivos, cartilagem, vasos sanguíneos e tecidos fibrosos cobertos de pele.

A nova pesquisa aponta para um mecanismo regenerativo diferente do das salamandras. O crescimento de novas galhadas não envolve atrasar o relógio biológico para que as células voltem ao estágio de imaturidade.

No caso dos veados, células-tronco são estimuladas e usam os métodos normais de desenvolvimento, renovação celular e reparação para desenvolver um novo órgão.

A chefe da equipe de pesquisa, Joanna Price, avalia que "a regeneração das galhadas continua sendo um dos mistérios da biologia, mas estamos caminhando na direção de entender como ela funciona".

A pesquisa também indica que a sinalização molecular é importante. Os veados usam as mesmas moléculas compartilhadas por todos os mamíferos, mas de uma forma diferente.

Apesar de ainda estarem longe de entender todo o processo químico e poder aplicá-lo em humanos, os pesquisadores estão otimistas que a longo prazo vão poder também desenvolver novos tratamentos para doenças como a doença de Parkinson.




Fonte: BBC Brasil

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