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Cultura
Quinta - 12 de Janeiro de 2006 às 17:47

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Johannesburgo, África do Sul - Um cientista americano acredita ter resolvido o mistério da morte de um dos mais importantes ancestrais da humanidade, há quase 2 milhões de anos: uma águia matou o menino-macaco de 3 anos e meio conhecido como criança de Taung. A descoberta sugere que os ancestrais da humanidade conhecidos como hominídeos tinham de lidar não só com preadores terrestres, mas também com carnívoros que vinham do céu, disse Lee Berger, antropólogo da Universidade de Witwatersrand.

"Esse tipo de descoberta nos dá uma visão real das vidas passadas desses ancestrais humanos, o mundo em que viviam e as coisas de que tinham medo, disse Berger. "Essas são as tensões que formaram a mente humana e nos transformaram num dos mais bem-sucedidos animais sobre a face do planeta".

A descoberta de partes do crânio de um menino-macaco, ou Australopethicus africanus, na África do Sul, em 1924, levou muitos pesquisadores a especular que a humanidade teria surgido na África, e não na Europa ou na Ásia. A morte da criança já foi atribuída a um leopardo ou a um dentes-de-sabre. Mas, há 10 anos, Berger e Ron Clarke levantaram a teoria de que o preador Seria uma ave de rapina, similar à águia moderna.

Cinco meses atrás, pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio apresentaram o que Berger chamou de o mais amplo estudo de danos provocados por águias em ossos. O estudo de restos de primatas encontrados em ninhos de águias contemporâneas mostra que os rapinantes caçam primatas, mergulhando do céu e perfurando o crânio da presa com as garras.

Segundo Berger, o crânio da criança de Taung apresenta muitas das marcas características do ataque por ave de rapina descritas no trabalho dos cientistas de Ohio.





Fonte: EFE

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