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Agronegócios
Terça - 03 de Janeiro de 2006 às 21:45

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Após denúncias de plantio ilegal de milho transgênico no Rio Grande do Sul, o Ministério da Agricultura realizou uma operação no Estado e acabou encontrando em uma das amostras coletadas um percentual de cereal geneticamente modificado, informou um comunicado oficial. No entanto, salienta a nota, "nenhuma das amostras coletadas em lavouras apresentou resultado positivo para transgenia". O milho alterado foi encontrado em um estabelecimento comercial.

"Das 41 amostras de milho (folha, espiga e grão) colhidas... durante operação no Rio Grande do Sul, uma apresentou resultado positivo para transgenia, com índice de 0,43 por cento", informou o ministério.

De acordo com o comunicado, a amostra que deu positivo para transgênico foi coletada em uma "casa comercial da região do município de Santo Ângelo e destinava-se à alimentação animal".

O ministério determinou a suspensão da venda do produto e realizará nova inspeção no estabelecimento.

A comercialização e o plantio de milho transgênico são proibidos no Brasil. No ano passado, algumas importações do cereal alterado geneticamente chegaram a ser autorizadas pela CTNBio, mas apenas para a fabricação de ração.

A operação de fiscalização realizada pela Superintendência Federal de Agricultura do ministério no Rio Grande do Sul foi realizada entre 30 de novembro e 16 de dezembro.

O objetivo do governo é evitar que aconteça com o milho o que ocorreu com a soja transgênica, que entrou irregularmente no Brasil. Depois o plantio acabou sendo regularizado.

Na ação, foram coletadas amostras em 36 "áreas da lavoura" e em 11 revendas de produtos agropecuários em 27 municípios da região noroeste do Estado.

O material foi enviado ao Laboratório SGS do Brasil, em Santos (São Paulo), onde constatou-se a transgenia em uma amostra.

De acordo com informação do coordenador de Biossegurança da Secretaria de Defesa Agropecuária, Marcus Vinícius Coelho, o infrator das regras de biossegurança do país está sujeito a uma pena de reclusão de um a dois anos, além de multa, que pode variar de 200 mil a 1,5 milhão de reais.

Segundo os técnicos do ministério, a presença de transgenia no produto pode ter sido não-intencional, e novas análises do material cujo resultado foi positivo serão feitas.

Se o resultado da nova a análise for positivo, o produto será apreendido e destruído, conforme determina a legislação, segundo Coelho.

Na próxima sexta-feira, o coordenador irá a Porto Alegre, onde deve se reunir com representantes da cadeia produtiva do milho para discutir o assunto.




Fonte: terra

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