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Nacional
Domingo - 27 de Novembro de 2005 às 15:21

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Apesar de ter perdido todos os contratos de publicidade com estatais, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza ainda leva uma vida de milionário em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ele também teria tido uma conta com R$ 1,8 milhão bloqueada no Banco de Boston, e estaria sendo executado judicialmente - junto com seus ex-sócios na DNA e na SMP&B - pelos bancos BMG e Rural.

Seis meses após o início da crise que abalou o governo Lula, suspeito de ser o operador do esquema que teria financiado políticos e o PT, o valerioduto, faz uma grande reforma em sua casa, no bairro Castelo, na capital mineira, circula em carros importados, paga cinco advogados dos mais famosos e caros de Minas Gerais e tem assessoria de imprensa para os contatos com jornalistas, informou o jornal Correio do Povo.

Além disso, teria contratado uma empresa de segurança para proteger a casa onde mora com a mulher, Renilda, e os dois filhos, no luxuoso condomínio Retiro do Chalé, a 40 km da capital. Renilda, inclusive, estaria processando o condomínio por ter permitido a entrada de jornalistas no período em que surgiram as denúncias contra o marido.

As conseqüências do escândalo para a família de Marcos Valério se resumem ao aspecto social. O empresário e sua mulher deixaram de freqüentar os restaurantes preferidos e os locais públicos para evitar hostilidades.

Processos

Além do inquérito em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar o esquema do "mensalão", Marcos Valério e seus ex-sócios respondem a nove ações de execução movidas pelos bancos BMG e Rural, que cobram os empréstimos feitos à DNA e à SMP&B, um total de R$ 55 milhões com juros e correção monetária. As agências não têm como arcar com o pagamento, mas dificilmente o patrimônio de Marcos Valério será penhorado.

Antes de o escândalo estourar, o empresário teria transferido seus imóveis para o nome dos filhos, Nathalia e João Vitor, protegendo os bens do risco de penhora. Por enquanto, os únicos que se deram mal foram os ex-sócios, obrigados a fechar as empresas diante da forte rejeição do mercado à exposição negativa na mídia.




Fonte: Terra

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