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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Terça - 22 de Novembro de 2005 às 04:12

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Pequim - "Há uma percepção cada vez maior de que a tortura é amplamente praticada em procedimentos criminais comuns", afirmou o enviado especial da ONU, Manfred Nowak, no início da missão à China. Convidado para visitar o país, Nowak deve passar cerca de duas semanas entre Pequim, Tibete e a província de Xinjang.

Nowak recebeu autorização para visitar prisões sem aviso prévio, entrevistar detentos e investigar acusações de tortura. "Eu vejo isso como uma abertura da política do governo."

O governo chinês proibiu a tortura em 1996, mas organizações humanitárias dizem que a prática ainda é usada para extrair confissões. A visita de Nowak ocorre depois de dez anos de pedidos da ONU para entrar no país e averiguar as denúncias de tortura.

O enviado da ONU mencionou casos em que pessoas foram sentenciadas à morte por assassinato, mas que depois descobriu-se que as "vítimas" estavam vivas - o que seria uma prova de que confissões forçadas são obtidas por meio de tortura.

Novak disse que fará "recomendações realistas" a Pequim e que estava confiante de que elas serão implementadas em aos poucos. "Há muita coisa acontecendo na China em termos de reformas legais."

A visita do enviado da ONU ocorre no mesmo dia em que o presidente americano, George W. Bush, deixou o país. Bush pediu ao governo chinês que assegurasse maior liberdade social, política e religiosa aos cidadãos do país.

Um porta-voz do governo chinês, entretanto, disse que os chineses "desfrutam de todas as formas de democracia e liberdade previstas na lei".




Fonte: EFE

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