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Esportes
Sábado - 19 de Novembro de 2005 às 14:33
Por: Silvio Barsetti

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Rio de Janeiro - O Corinthians tem um trunfo que pode ser decisivo no jogo com o Internacional. Nada a ver com os gols de Tevez ou as defesas de Fábio Costa. O caminho do título também está nas mãos, no peito, nos passos e nas crenças e superstições do técnico Antônio Lopes.

O cordão inseparável com pelo menos quatro medalhas que veneram santos é apenas o seu cartão de visitas. Lopes vai muito além disso: os gaúchos que se cuidem amanhã.

Em momentos difíceis, pessoais ou profissionais, o treinador do Corinthians é capaz de acender mais de 100 velas e depositá-las no adro da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, na Praça Tiradentes, centro do Rio. Fez isso uma vez, em companhia da mulher, dona Elza, para o Vasco vencer uma partida importante, anos atrás. E deu resultado.

Nunca deixava, nas várias passagens pelo Vasco, de assistir às missas na Capela de Nossa Senhora das Vitórias, em São Januário. Chegou até a mudar o horário de treinos do clube para não perder os sermões do padre Lino. Lopes mistura fé com manias que já se tornaram públicas.

Durante a Copa 2002, na função de coordenador da seleção, vestia a mesma camisa social toda vez que o Brasil jogava. Para evitar gozações, dizia que tinha três peças idênticas. O relógio que acompanha o técnico há vários anos traz uma imagem de Nossa Senhora, também é utensílio obrigatório e algumas vezes recebe o beijo de Lopes. Beijar é o que mais faz para conter a tensão nas partidas, sempre com o cordão e as medalhas nas mãos.

Com o passar dos anos, Lopes acabou vítima da calvície e apelou para um implante sem sucesso. Ficava contando os fios novos a cada sessão capilar e não se dava conta de que o visual era cada vez mais esquisito. Pouco depois, o cabelo continuou caindo e ele interrompeu o tratamento. A amigos próximos e repórteres da cobertura diária do Vasco, reclamou: “Foi mau-olhado. Tenho certeza.”

Entre os hábitos do ex-delegado e ex-professor de Educação Física, um é mais curioso. Nas tradicionais caminhadas pelo calçadão de Ipanema e Copacabana, toma cuidado para não errar o passo: prefere pisar as faixas pretas em mosaico, evitando ao máximo às brancas.





Fonte: Agência Estado

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