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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Sábado - 19 de Novembro de 2005 às 13:30

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Um dos descobridores do vírus da aids, o cientista francês Luc Montagnier, afirmou nesta sexta-feira que a vacina contra esse mal ainda demorará muitos anos. Montagnier pediu a todos, principalmente aos jovens, que reforcem as medidas preventivas.

"Muitos pensam que a vacina é uma palavra mágica e é a melhor solução, mas também há outros enfoques muito úteis à espera desta vacina, que pode demorar ainda muitos anos, já que os jovens esqueceram as doutrinas e não têm a prevenção de 10 ou 15 anos atrás", disse o cientista.

Montagnier, médico francês que começou como pesquisador em virologia em 1967, pediu às autoridades do mundo que aumentem os recursos financeiros para a pesquisa desta doença e a difusão de medidas que evitem o contágio.

"O povo tem que saber que existe o vírus da aids, tem de ter muito cuidado com seus parceiros. Se puder ser fiel, que seja, e se não, que use preservativos e meios de higiene genital. É preciso lutar para que a aids não seja esquecida, já que ela não vai nos esquecer", afirmou.

Relatórios médicos apontam que atualmente não existe um tratamento que cure as pessoas infectadas pelo vírus HIV. No entanto, estes apontam que um organismo internacional com sede nos EUA faz experimentos com uma vacina preventiva, que inclusive pode reduzir os efeitos em pacientes contaminados dependendo do grau de avanço da doença.

Especialistas em aids avaliam que o desenvolvimento de uma vacina contra a doença pode demorar pelo menos outros nove anos. Segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), os países que têm a maior quantidade de pessoas infectadas com o vírus da aids são Brasil, Tailândia, Senegal, Índia e África do Sul, e por isso as investigações sobre o assunto tiveram enfoque nestas nações.

No entanto, Montagnier confessou que se preocupa mais com o problema no continente africano, porque nesses países as pessoas morrem muito jovens por falta de recursos, carência de médicos e de laboratórios para medir o avanço dos tratamentos. Ele acrescentou que também há mortes por questões culturais, que impedem saber a real proporção do problema.

O especialista em virologia também fez uma chamada à população para que não tema um contágio em massa da gripe aviária. "Há muito poucas pessoas infectadas e não existe uma transmissão de pessoa a pessoa. É um vírus que vem das aves e são necessárias certas condições para que ele passe ao homem. Todos podem comer frango cozido sem nenhum risco, pois o vírus é muito sensível ao calor e morre em temporaturas acima dos 100 graus", ressaltou Montagnier.





Fonte: EFE

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