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Politica Brasil
Sexta - 18 de Novembro de 2005 às 08:31
Por: Téo Menezes

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Quatro vereadores por Arenápolis registraram ontem um boletim de ocorrência na Polícia Civil, no qual acusam de chantagem o ex-prefeito Aurino Rodrigues da Silva (PSDB), o Nego Lu. O tucano nega a denúncia e garante ser vítima de uma tentativa de extorsão por parte dos parlamentares.

Nego Lu alega possuir uma gravação em vídeo na qual os vereadores Hilário Kestlin (PP), Waldemar Pinheiro (PPS), Beto da Van (PP) e Nino Barbosa (PPS) cobram pagamento em dinheiro para votar a favor da prestação de contas de 2004 do ex-prefeito. Os parlamentares, por outro lado, garantem que o tucano ofereceu dinheiro em troca da aprovação do balanço referente ao último ano da gestão passada. O negócio teria sido proposto pela filha do ex-prefeito e ex-secretária de Finanças de Arenápolis, Jackeline da Silva.

Por sete votos a dois, a Câmara reprovou anteontem as contas de Nego Lu. O resultado acompanha o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que rejeitou por unanimidade as contas do ex-prefeito, que teve o mandato cassado após denúncias de improbidade administrativa.

As contas de Nego Lu possuem 48 irregularidades, várias delas consideradas graves, como a não-aplicação do percentual obrigatório na Educação, emissão de 13 cheques sem fundos, entre outras. Apesar disso, ele nega ter oferecido dinheiro aos vereadores. Garante a aliados mais próximos que foi procurado pelos oposicionistas.

Procurados por A Gazeta, os vereadores não quiseram comentar o assunto. Waldemar Pinheiro disse que somente a assessoria jurídica do grupo poderia dar informações sobre o caso, o que os advogados se recusaram a fazer. O ex-prefeito Nego Lu também não foi encontrado através do telefone celular.

A Polícia Civil confirmou o registro do boletim de ocorrência. Informou ainda que os quatro vereadores argumentaram tentar se antecipar a eventuais denúncias do ex-prefeito.

Até o fechamento desta edição, às 20 horas, o ex-prefeito não havia procurado o comando policial. Caso não o faça, a polícia deve engavetar o caso.





Fonte: A Gazeta

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