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Nacional
Quarta - 16 de Novembro de 2005 às 07:36
Por: Gustavo Freire

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Brasília - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, passou o feriado de ontem fechado em sua casa na península dos ministros. Recebeu assessores diretos como o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, e conversou por telefone com as lideranças do governo no Senado Federal e na Câmara dos Deputados. Todo o esforço tinha apenas o objetivo de se preparar para um dia que pode ser decisivo na definição do futuro do ex-prefeito de Ribeirão Preto na equipe de governo do presidente Lula.

O dia para o ministro começará às 9h30 de hoje. Neste horário, o presidente Lula fará um aguardado discurso na terceira Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. A expectativa é que o presidente aproveite o evento para fazer uma defesa do trabalho de Palocci na condução da política econômica. O presidente, segundo fontes do governo, poderá fazer um balanço das conquistas obtidas no campo econômico, como a queda da inflação, o aumento do emprego e das exportações brasileiras.

Espera-se que a declaração de Lula sirva como uma demonstração de que ele não abandonou Palocci para ficar com as posições da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, e do vice-presidente, José Alencar.

Às 15 horas, Palocci estará frente a frente com os parlamentares da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em audiência no plenário do Senado Federal. Prevista para ocorrer somente na próxima semana, a audiência foi antecipada ontem a pedido do próprio Palocci, que considerou negativo manter um clima de ansiedade no mercado por um período de tempo mais prolongado. Na reunião, os parlamentares deverão aproveitar a oportunidade e dirigir questionamentos ao ministro sobre as denúncias de corrupção que vêm envolvendo seu nome nos últimos dias.

CPI A reunião de hoje na CAE foi acertada depois que o ministro fez chegar ao presidente Lula a intenção de deixar o cargo se fosse convocado para prestar esclarecimentos sobre as denúncias na CPI dos Bingos. Controlada pela oposição, a CPI já convocou vários ex-assessores do ministro e deverá ouvir nos próximos dias o depoimento de seu assessor especial Ademirson Ariovaldo.

A oposição diz que não descarta a possibilidade de convocar o ministro depois que forem tomados os depoimentos de outros envolvidos nos casos em que o nome de Palocci é citado. Na semana passada, a CPI tomou o depoimento do ex-assessor da Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, Vladimir Poleto, sobre as notícias de que o PT teria recebido dinheiro de Cuba na campanha eleitoral de 2002.





Fonte: Agência Estado

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