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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 24 de Maio de 2005 às 10:56
Por: Sandra Hahn

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O lançamento de Aquisições do Governo Federal (AGF) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), não suspendeu as ações dos produtores de arroz em protesto contra a crise de preço do grão. Eles avaliam que a medida não atende às reivindicações do setor, que pede a retirada de 1 milhão de toneladas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina - além de 500 mil toneladas de Mato Grosso - por meio de contratos públicos de opção. Os arrozeiros interromperam hoje, durante 1h15, o trânsito na BR 290 em Rosário do Sul, no sudoeste gaúcho, colocando máquinas na cabeceira da ponte General Abreu, informou o vice-presidente da Associação de Arrozeiros do município, Júlio Braga.

Enquanto os produtores mantêm a mobilização no Estado, o governador Germano Rigotto (PMDB) aproveitou a viagem à Coréia do Sul, no domingo, para entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um documento dos produtores com o resumo da crise e as principais reivindicações. Rigotto faz parte da comitiva que acompanha o presidente ao roteiro pela Coréia e Japão. O Estado responde por metade da produção nacional do grão e registra 12 mil agricultores em atividade.

O superintendente regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Carlos Farias, disse que a entidade recebeu poucas consultas de produtores hoje sobre o início do AGF. A Conab não informou o orçamento disponível para a operação, que reúne sobras de recursos de ações destinadas a outras culturas. Cada agricultor, no entanto, poderá negociar até 1.200 sacas de 50 quilos. Farias, considerou natural o descontentamento do setor com o lançamento de AGFs, mas ressaltou que a medida é o cumprimento da norma legal prevista na política agrícola, de garantia do preço mínimo.

"O governo não está lançando o instrumento para fazer estoques ou balizar preços, está cumprindo a lógica da política agrícola", avaliou. Farias ponderou que o mercado deve estar avaliando a medida ainda, que foi anunciada na sexta-feira. Os recursos disponíveis precisam ser utilizados em maio, citou Farias, lembrando que esta semana será menor por causa do feriado de quinta-feira. "É uma alternativa que o governo está lançando", acrescentou.





Fonte: 24 Horas News

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