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Meio Ambiente
Quinta - 19 de Maio de 2005 às 10:40

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Bruxelas - A Universidade Livre de Bruxelas anunciou que nasceram na Bélgica os dois primeiros bebês cujos embriões foram selecionados após uma inseminação artificial que tem como objetivo salvar irmãos doentes. As crianças nasceram em janeiro, no Hospital Acadêmico, mas a notícia só foi divulgada na quarta-feira, informou o site do jornal belga De Standaard. Uma criança com uma doença hereditária ou de sangue tem mais possibilidades de se curar quando é tratada com células de medula óssea de um irmão que tenha antígenos leucocitários (HLA) humanos idênticos. Se estes antígenos não estiverem disponíveis, os médicos podem implantar no útero da mãe um embrião com o HLA correto, que foi selecionado com esse propósito após uma inseminação artificial. Quando o bebê nasce, os médicos podem usar o sangue de seu cordão umbilical, que contém muitas células de medula óssea, para salvar o irmão doente. Antes de colocar em prática essa forma de inseminação seletiva, os médicos organizaram vários debates sobre as questões éticas envolvidas e chegaram à conclusão de que "as vantagens para a criança doente são maiores do que as desvantagens - se existissem - para a saudável".

De um total de 61 casais belgas e estrangeiros que se apresentaram para a análise de embrião ou o exame prévio, 14 estão sob tratamento atualmente. Além das duas crianças que nasceram em janeiro, outra paciente está grávida e uma quarta teve um aborto espontâneo.

O centro do Hospital Acadêmico da Universidade Livre de Bruxelas é um dos cinco no mundo onde são realizadas pesquisas sobre o HLA, além de Detroit e Chicago (ambos nos Estados Unidos), Roma e Sydney.

O tratamento custa mais de 6 mil euros, mas grande parte desse gasto é reembolsado pelos órgãos de saúde belga.





Fonte: EFE

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