Exportações para países árabes chegaram a US$ 966,13 milhões no primeiro trimestre

São Paulo - De janeiro a março deste ano, as exportações brasileiras para os 22 países que integram a Liga Árabe cresceram 8,28% em relação ao primeiro trimestre de 2004, atingindo US$ 966,13 milhões do total de US$ 24,4 bilhões das vendas brasileiras para o mundo todo. As importações totalizaram US$ 877,3 milhões – alta de 0,66% na comparação com o mesmo período no ano passado.

O incremento dos negócios não surpreende. No ano passado, a corrente comercial entre o Brasil e os países árabes cresceu 50% em relação a 2003, atingindo US$ 8,1 bilhões. A participação do Bloco Árabe no total das exportações brasileiras passou de 3,7% para 4,1%.

Em 2004, as vendas brasileiras para os árabes chegaram a US$ 4,03 bilhões (46% a mais que em 2003) e as importações alcançaram US$ 4,15 bilhões (valor 53% superior ao registrado no ano anterior, por influência dos elevados preços do barril de petróleo). Em alguns dos países visitados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou por comitivas do governo federal, como Síria, Líbia e Argélia, o volume de negócios mais que dobrou em 2004. As vendas para a Síria cresceram 244%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Mas o potencial de crescimento de negócios ainda é grande, na avaliação da Câmara de Comércio Árabe - Brasileira (CCAB) e do governo brasileiro. Isto porque os países árabes compreendem 22 Estados soberanos que, somados, contam com uma população total de 317 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB - a soma de tudo o que se produz em todos os países) de US$ 815 bilhões. A região possui grande e disputada área de reserva de petróleo, mas também é grande consumidora de produtos internacionais.

No ano passado, os árabes importaram US$ 239 bilhões do mundo todo, 30% a mais que em 2003, graças ao aumento das receitas de grande parte dos países (devido à elevação no preço do petróleo) e ao aquecimento da economia e do setor produtivo na maioria dos Mercados Árabes, que obtiveram crescimento real médio de 4%. No entanto, apenas 2% do total de importações foi comprado do Brasil. Segundo previsões da CCAB, as exportações brasileiras para a Liga Árabe podem passar de US$ 4 bilhões para US$ 7 bilhões em dois ou três anos. Para este ano, a expectativa é atingir US$ 4,7 bilhões, 13% acima do total exportado em 2004.