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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sábado - 07 de Maio de 2005 às 14:50
Por: Shirley Prestes

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Porto Alegre - O aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) no Rio Grande do Sul foi um dos fatores de impacto na inflação de 2,28% registrada em Porto Alegre no mês de abril. A Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) calcula que o aumento do índice vai representar uma transferência estimada em R$ 711 milhões de renda da sociedade para o setor público, "o que diminui a competitividade das empresas gaúchas", segundo o presidente da entidade, Renan Proença.

Quando se calcula o preço final de um item, é preciso considerar o aumento do ICMS como todos os demais tributos que incidem sobre o valor adicionado ou sobre o faturamento, diz o coordenador da área de economia da Fiergs, Igor Alexandre Clemente de Morais, para explicar o impacto do aumento do ICMS na inflação. "Se o imposto adicionado, que era de 17%, passa para 20%, inevitavelmente vai haver um impacto no valor final do produto, mesmo não crescendo, em termos percentuais, na mesma proporção".

Segundo ele, o percentual de aumento vai depender se o setor é monopólio ou oligopólio, se tem maior ou menor poder de negociação. Se o produtor aumenta o preço do vestuário, o consumidor pode simplesmente parar de comprar. Mas quando o aumento acontece sobre os produtos de primeira necessidade, como energia, telefonia e combustíveis, além de boa parte dos alimentares, o impacto dos preços é praticamente direto, explicou o economista.

As novas alíquotas do ICMS que passaram a vigorar a partir de 1º de abril no Rio Grande do Sul, tiveram aumento médio de 0,5%. A energia elétrica passou de 25 para 30%; os combustíveis, de 25 para 29%; e a telefonia, de 25 para 30%.





Fonte: Agência Brasil

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