Secretário se diz otimista com possibilidade de acordo para crise da saúde no Rio

Rio - A reunião entre representantes do Ministério da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro que estava prevista para a tarde desta quarta-feira ministério foi transferida para amanhã, mas as negociações para buscar um acordo sobre a crise nos hospitais do município continuam. A informação foi dada à Rádio Nacional, pelo secretário municipal Ronaldo Cezar Coelho.

Segundo ele, a necessidade de preparar os documentos, de concluir consultas legais e de fazer os cálculos dos recursos envolvidos no acordo foi a causa da mudança na data do encontro para esta quinta-feira. "As coisas não são tão simples assim. Tem que trazer à memória de cálculos desde 1999, aposentadorias de servidores, gastos da Prefeitura nos hospitais desde 99, consultas à Procuradoria, questões desse tipo que exigem de ambas as partes um tempo", explicou.

Na noite dessa terça-feira, ele viajou a Brasília para participar da reunião e se disse confiante de que haverá acordo. "O otimismo continua. Acho que é tempo de chegar a um acordo. Ninguém agüenta mais. Nós temos muito o que trabalhar para encerrar essa crise entre o ministério e a Prefeitura do Rio, mas primeiro tem que resolver esse impasse entre o ministério e a prefeitura", disse.

Ronaldo Cezar Coelho não adiantou como está sendo equacionado o pagamento da dívida de R$ 135 milhões do ministério, cobrada pelo governo municipal, mas afirmou que dentro da pauta de negociações a questão está quase superada. "Infelizmente, os ouvintes da Radiobrás não terão esse furo. Quando forem concluídas as negociações, vocês vão ficar sabendo que foi contornada e foi resolvida a questão da dívida referente aos servidores federais que se aposentaram e a Prefeitura teve que colocar para trabalhar nos hospitais federais. Quero dizer que esse assunto, praticamente, já está vencido na pauta de negociações, mas é uma extensa pauta e tem outros assuntos ainda a serem negociados, todos muito bem encaminhados", informou.

Sobre a possibilidade de o acordo ser concluído na reunião de amanhã, o secretário disse que, embora otimista, não acredita que isso possa acontecer. "Acho que não. São tantos os detalhes que dá para fazer mais uma grande aproximação mas, enfim, estamos chegando a um acordo", disse.