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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 03 de Maio de 2005 às 17:10
Por: Benedito Mendonça

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Brasília - O convênio no valor de R$ 14 bilhões assinado hoje pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) com a Caixa Econômica Federal (CEF) permite as associações comerciais se tornem correspondentes bancários da Caixa. Isso significa mais 2.038 pontos de serviços e de venda no país, afirma o presidente da CACB, Luiz Otávio Gomes. Ele acredita que a parceria beneficiará as micro e pequenas empresas com crédito e financiamento direcionado, trazendo mais vigor ao setor.

Gomes explicou que a CACB é uma entidade multisetorial que tem hoje mais de 2 milhões de empresários associados ao sistema. Ele lembrou que desse universo cerca de 90% são micro e pequenos empresários e, por isso, é tão necessário um convênio desse porte com a Caixa. "Achamos que era preciso fazer um convênio dessa natureza para que pudéssemos juntar a capilaridade das associações comerciais com o serviço da Caixa em todo o território nacional e para que pudéssemos oferecer ao empresário de pequeno porte uma gama de produtos que venham consolidar o seu negócio".

De acordo com Gomes, a partir de um programa desenvolvido pela CACB será possível às empresas resolver, por meio da internet, uma série de dificuldades, fazendo consultas e tomando opiniões com técnicos da Caixa. Outro ponto importante destacado por ele é o lançamento de um cartão de crédito focado no pequeno negócio e que está em fase de estudo.

"Esse é um convênio com o qual todos ganharão", opina Gomes, salientando que o Brasil tem 5 milhões de empresas na formalidade e desses contingente, algo em torno de 90%, segundo dados do IBGE e do Sebrae, está na categoria de micro e pequenas. "Estão, o foco deve ser mesmo nesse setor". Segundo o presidente da CACB, na hora que o pequeno negócio, que hoje representa 20% do PIB nacional (soma de todas as riquezas produzidas no país) e 60% dos empregos urbanos, mas só exporta 2%, tiver reconhecido o seu valor, o Brasil será um país sustentável.

Para o diretor de crédito da Caixa, Carlos Henrique Custódio, a instituição hoje já é o principal agente financeiro no que diz respeito a empréstimo para micro e pequena empresa. Dos cerca de R$ 1,2 bilhão mensal disponibilizado para crédito, cerca de R$ 1 bilhão vai para micro e pequenos empresários. "Vamos utilizar essas mesmas linhas de crédito para esses empresários conveniados agora", diz ele, explicando que os recursos são do PIS, da própria Caixa e do Fundo de Amparo ao trabalhador (FAT). "Temos taxas bem competitivas que permitem aos micro e pequenos empresários adquirir crédito e revender seu produto com capacidade de estar retornando esses recursos para a Caixa num prazo de seis a 12 meses dependendo da necessidade de caixa deles".

Custódio lembrou que a taxa de juros praticada hoje pela Caixa para esse segmento vai de Taxa Referencial (TR) mais 0,83% ao mês até aproximadamente 2 a 2,5%, dependendo do tipo de produto que o micro e pequeno empresário precisa e da finalidade, como por exemplo, capital de giro e antecipação de cheque. "Com recursos do BNDES, fica Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 5% ao ano, o que dá na faixa de 15 a 16% ao ano".





Fonte: Agência Brasil

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