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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sábado - 30 de Abril de 2005 às 20:30
Por: Biaggio Talento

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Salvador - O presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) cardeal-arcebispo dom Geraldo Majella Agnelo disse hoje que será muito difícil o teólogo Leonardo Boff amar o papa Bento XVI.

"Só ele tem a verdade, não é?", ironizou. O cardeal fez essa declaração em Salvador ao comentar a frase de Boff dita logo após a eleição de Joseph Ratzinger de que esse será um papa "difícil de amar"

. O teólogo foi condenado ao silêncio por Ratzinger devido ao seu livro sobre a Teologia da Libertação.

Ao defender o papa, d.Geraldo disse que Boff não é uma pessoa de fé e mostrou-se um "ingrato" em relação á Igreja Católica.

O presidente da CNBB disse que muitos religiosos no mundo tiveram a mesma experiência de ser interpelado como Boff e não agiram como ele.

"Tive testemunho que essas pessoas aceitaram (a repreensão) pois tinham uma reta intenção muito grande e fizeram silencio obsequioso não durante um ano, mas conheço um caso concreto de uma pessoa que passou 16 anos, voltando depois ao magistério", contou.

Segundo d. Geraldo esses religiosos ao contrário de Boff, "nunca abriram a boca para denegrir a Igreja, o Evangelho e o papa", explicou, reforçando não concordar com a posição do teólogo brasileiro.

O cardeal acha que nesse início de papado, Bento XVI vai ouvir muito mais os bispos do que falar. "Ele sempre foi uma pessoa muito estudiosa e muito preocupada em preservar a pureza da fé; acho que ele, em parte, vai conservar isso e terá agora muita solicitude, enfim não será um homem que representará apenas setores intelectuais, mas que acompanhará o dia-a-dia da Igreja".

D. Geraldo disse não ter achado necessário rezar, durante o conclave, para não ser eleito o novo papa, pois não se considerava um candidato ao posto. "No meu íntimo eu dizia: aspirar a uma posição de papa é não conhecer o que vai enfrentar e é por isso que os cardeais disseram que não gostariam de ser eleitos". Diante de tantas responsabilidades de um papa, aspirar o cargo na visão do presidente da CNBB seria "digamos, uma loucura desejar uma coisa dessas diante das interrogações e desafios que o mundo nos apresenta hoje".




Fonte: Agência Estado

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