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Internacional
Sexta - 29 de Abril de 2005 às 21:14

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Roma - Itália e Estados Unidos informam não ter chegado a um acordo completo sobre as circunstâncias em torno da morte do agente secreto italiano morto por soldados americanos no Iraque. Os dois governos dizem que não foram capazes de chegar a "conclusões finais compartilhadas". Foi emitida hoje uma declaração conjunta sobre a morte, em 4 de março, do agente Nicola Calipari.

"Os investigadores foram incapazes de chegar a conclusões finais compartilhadas, mas depois de terem examinado conjuntamente, eles concordam em fatos, deduções e numerosas recomendações problemáticas", diz a declaração, que informa que os dois países agora passarão o caso para suas respectivas autoridades.

Itália e EUA trabalharam durante um mês no caso. A morte do agente causou ultraje na Itália, e aumentou a pressão sobre o premier Silvio Berlusconi para retirar as tropas italianas do país ocupado. Desde o início, o relato dos sobreviventes do tiroteio conflitam com a versão oficial dos militares americanos.

Os EUA insistem que os soldados dispararam tiros de advertência para o alto e depois atiraram no motor do carro, porque o veículo estava acelerando. A jornalista Giuliana Sgrena, que havia sido mantida como refém por rebeldes iraquianos e tinha sido libertada por Calipari, e o outro agente secreto no carro insistem ter visto a luz de advertência no instante em que os tiros soaram. O agente, que dirigia o carro, garante que estava devagar.

"Pela homenagem devida a Calipari, e pela indispensável dignidade nacional que o governo deve ter, o governo italiano não se pode pedir ao governo italiano que assine uma reconstituição dos fatos que, até onde sabemos, não corresponde ao que aconteceu naquela noite", disse o chanceler Gianfranco Fini.





Fonte: AP

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