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Saúde
Quarta - 13 de Abril de 2005 às 17:21
Por: JOANICE DE DEUS

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) realiza, entre os dias 14 e 15 de abril, no Hotel Fazenda Mato Grosso, o I Fórum de Cuidados Paliativos e Tratamento da Dor Oncológica de Mato Grosso, visando desenvolver uma política estadual humanizada de assistência aos portadores de câncer em estágio mais avançado. Atualmente os pacientes recebem apenas tratamento da dor crônica. Para isso se faz necessário sensibilizar e desenvolver estratégias e parcerias, integrando gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), Centros de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon’s), instituições de ensino superior, como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Universidade de Cuiabá (Unic), unidades de saúde, organizações não-governamentais, casas de apoio, entre outros.

O fórum vai reunir 150 profissionais, entre médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, estudantes e voluntários. “O objetivo do fórum é sensibilizar profissionais da saúde para a implantação de cuidados fora dos recursos terapêuticos de cura”, comentou a coordenadora de Prevenção e Controle do Câncer (CPCC) da Superintendência de Atenção Integral (SAI), Helen Rosane Meinke Curvo. Quando usa o termo “fora dos recursos terapêuticos de cura” a coordenadora está se referindo a pessoas em que a doença já alcançou um estágio tão avançado que necessita de outros cuidados de forma global: corpo, mente e espírito, com dignidade e qualidade de vida. “Tratamento paliativo significa aliviar ou impedir os sintomas e complicações clínicas, se preocupa mais com a qualidade do que com o tempo de vida. Existem limites para cura, mas não para o cuidar”, comentou.

O evento será aberto na quinta-feira (14), à uma e meia da tarde e terá a participação de profissionais renomados do país, como o oncologista Marco Túllio de Assis Figueiredo, da Escola Paulista de Medicina (EPM), o Dr, Ronaldo Correa Ferreira da Silva, do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a Dra. Zali Neves da Rocha, do Distrito Federal.

Alguns dos temas que serão abordados são: “Cuidados paliativos na fase terminal do câncer”, “Cuidados paliativos oncológicos: reflexões sobre uma proposta inovadora na atenção à saúde”, “Experiência: Implantação dos cuidados paliativos no Distrito Federal”, “Tratamento da dor oncológica” e “Educação em cuidados paliativos”.

Conforme Helen, o cuidado paliativo deve ser instituído quando diagnosticado que não há cura, visando dar maior conforto ao paciente e melhor qualidade de vida. Por meio de um atendimento interdiciplinar e multiprofissional, é necessário assegurar aos pacientes e seus familiares que o alívio de sintomas e, especialmente, da dor, é possível na maioria dos casos.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a prevalência da dor, que impõe limitações no estilo de vida, principalmente de mobilidade, aumenta com a progressão da doença. Dor moderada e intensa ocorre em 30% dos pacientes com câncer recebendo tratamento e em 60% a 90% dos pacientes com câncer avançado. No entanto, a dor pode ser aliviada em 80% a 90% dos pacientes e um nível aceitável de alívio pode ser alcançado na maioria dos casos restantes.

O controle da dor deve ser baseado em avaliação cuidadosa com elucidações das possíveis causas e dos efeitos deste sintoma na vida do paciente, proporcionando melhora na qualidade de vida do paciente.





Fonte: Assessoria/Ses-MT

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