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Economia
Sexta - 08 de Abril de 2005 às 15:30
Por: Denize Bacoccina

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Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma elevação contínua dos preços do petróleo nos próximos anos, com o aumento do consumo e a limitada capacidade de aumento da produção dos países exportadores, no relatório anual Panorama Econômico Mundial, divulgado ontem.

O aumento dos preços do petróleo deve ser um dos fatores para a redução do crescimento econômico mundial neste e no próximo ano, calculado pela instituição entre 0,7 e 0,8 ponto percentual inferior ao do ano passado.

A instituição prevê que os preços devem continuar subindo, nos próximos anos, até chegar a uma média entre US$ 67 e US$ 96 o barril, em termos reais, em 2030. Mas um outro relatório do Fundo, também divulgado nesta quinta-feira, diz que o recente aumento dos preços deve ser colocado em perspectiva e que a elevação atual é menor do que a crise do petróleo dos anos 70 e que em termos reais o petróleo está abaixo do pico histórico, mas reforça a tese de que a perspectiva a médio prazo é de alta.

Produção x consumo

A elevação dos preços é sustentada pela combinação de consumo crescente com uma produção que aumenta em um ritmo muito mais lento. “O choque de preços é permanente e os países emergentes precisam se ajustar a isso”, diz o conselheiro econômico e diretor de pesquisa do FMI, Raghuram Rajan. O FMI recomenda o aumento das reservas de petróleo pelos países importadores, para se protegerem de um elevação abrupta nos preços ou na oferta, e diz que a ampliação da capacidade de produção beneficiaria tanto os produtores como os importadores de petróleo.

De acordo com as estimativas da instituição, o consumo de petróleo deve subir dos atuais 82,4 milhões de barris por para 92 milhões de barris por dia em 2010 e 1385 milhões de barris por dia em 2030. A maior parte desse incremento – 60% – será causada pelo aumento no uso dos meios de transporte, principalmente automóveis.

Já a produção de petróleo cresce num ritmo muito menor, porque a capacidade ociosa é pequena. 70% das reservas confirmadas no mundo são controladas pelos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).





Fonte: BBC Brasil

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