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Internacional
Terça - 05 de Abril de 2005 às 19:44

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Roma - Uma universitária polonesa viajou de carona por 54 horas, na caçamba de um caminhão de lenha e de outro carregado de chocolates. Uma aposentada alemã desafiou um problema de coluna e passou a noite a bordo de um trem para chegar à Itália. As duas viagens terminaram hoje numa metrópole de barracas e tendas que cresce a olhos vistos nos arredores de Roma.

A Cidade Eterna enfrenta cercos e multidões há séculos, mas agora tem de se preparar para a invasão de 4 milhões de peregrinos decididos a prestar uma última homenagem ao papa João Paulo II.

As peregrinas polonesa e alemã estão num acampamento de tendas azuis montado no câmpus da Universidade Tor Vergata. Cada tenda abriga oito catres, cobertos com colchonetes finos. Acampamentos semelhantes surgem num terreno reservado para feiras, um prédio abandonado de estrada de ferro e dentro de uma sala de espetáculos. Centenas de sanitários químicos e postos médicos acompanham a chegada dos visitantes.

"Estamos ampliando o número de tendas", diz Fabio Palombi, coordenador da Defesa Civil italiana, temendo que o fluxo de peregrinos dê origem a uma verdadeira torrente. Autoridades dizem que o Estádio Olímpico de Roma poderá ser aberto como alojamento provisório.

O prefeito Walter Veltroni alerta os 3 milhões de moradores de Roma para um influxo de estrangeiros maior que qualquer outro jamais visto, e o aviso parece correto: o governo da Polônia informa que cerca de 2 milhões de poloneses devem ir a Roma.

Em 2000, durante a celebração do milênio, Roma recebeu 25 milhões de visitantes, mas esse número foi diluído ao longo do ano. Já os 4 milhões esperados para o funeral do papa devem chegar à cidade num intervalo de poucos dias.





Fonte: AP

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