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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Segunda - 04 de Abril de 2005 às 20:18

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A centro-esquerda ganhou as eleições regionais na Itália ao vencer os conservadores em várias comunidades superando-os em vários pontos percentuais, segundo os resultados parciais.

Segundo dados do Ministério do Interior, as eleições, que foram realizadas entre domingo e segunda-feira, contaram com uma participação de pouco mais de 70%, um pouco abaixo das eleições de cinco anos atrás.

A ida às urnas tinha um valor político importante, não só porque os governos regionais representam uma considerável cota de poder, mas também por marcar uma tendência de mudança a pouco mais de um ano das eleições legislativas, que colocarão frente a frente Silvio Berlusconi e Romano Prodi.

As eleições foram realizadas em 13 das 20 regiões italianas, onde a centro-direita dominava até hoje, governando oito delas.

No entanto, as pesquisas de boca-de-urna e as primeiras projeções oferecidas pelo Ministério do Interior, baseadas na apuração oficial, dão a vitória aos progressistas da coalizão Oliveira nas cinco regiões que eles já governavam (Emilia-Romana, Toscana, Las Marcas, Campania e Úmbria).

Os progressistas ainda têm chances de ganhar no Piemonte, na Calábria, na Ligúria e em Abruzzo e estão na frente na região de Lazio, todas controladas até agora pelos conservadores, que só levam vantagem na Lombardia e no Vêneto. O resultado na região da Apulia está indefinido.

As forças que integram a coalizão progressista comemoraram a vitória, que veio a partir de uma virada no panorama político italiano. O líder do principal partido da aliança (Democratas de Esquerda), Piero Fassino, avaliou em sete ou oito pontos a vantagem sobre a centro-direita.

"Houve um deslocamento de vários milhões de votos a nosso favor", afirmou Fassino, atribuindo o resultado à liderança de Romano Prodi e à má gestão dos conservadores, especialmente do Gabinete de Berlusconi.

Romano Prodi, por sua vez, não escondeu a alegria e já disse que o êxito de hoje é uma prévia das eleições legislativas de 2006.

"Com este voto os italianos pedem que nos preparemos para governar e fazer o país crescer. A Itália precisa de credibilidade e esperança", disse o ex-primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Européia.

Vários dirigentes da centro-direita pediram uma reflexão para avaliar as causas do resultado e analisar o caminho para recuperar o terreno perdido.

É preciso buscar as causas não só na gestão do governo mas na atitude dos partidos, que no último período demonstraram alguns pontos de discrepância.

Berlusconi não falou sobre o assunto, mas um dos líderes e principais aliados, Umberto Bossi (Liga Norte), defendeu o primeiro-ministro alegando que ele "não se envolveu na campanha eleitoral" e acrescentou que é necessário dar um novo "empurrão reformista" à política do Executivo.

A centro-direita ganhou as eleições legislativas de 2001 com maioria absoluta, mas desde então os progressistas somaram vitórias nas eleições parciais realizadas posteriormente para escolher prefeituras, renovar cadeiras pontuais no Parlamento e nas européias do ano passado.




Fonte: EFE

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