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Internacional
Sábado - 02 de Abril de 2005 às 06:36

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Enquanto rezam pelo papa na Praça de São Pedro, católicos esperam que o próximo pontífice preserve o legado de João Paulo 2o. de abertura a outras crenças e de proximidade com o povo.

Centenas de fiéis se reuniram em uma vigília sob as janelas do papa no sábado de manhã, sendo que alguns haviam ficado lá a noite toda. Mas em meio à tristeza pela saúde do papa, havia também uma esperança pelo futuro da Igreja.

"Tenho certeza que o Senhor não vai abandonar sua Igreja. Depois desse ótimo papa haverá um ainda melhor", disse o padre italiano Ugo Tadni.

"Ele terá que dar continuidade ao trabalho (de João Paulo), a abertura ao mundo e a todas as religiões, aos religiosos e não religiosos, o amor pelos jovens...os grandes gestos políticos, assim como os mais simples, falando aos doentes e aos prisioneiros".

O carismático pontífice promoveu uma ligação melhor entre sua Igreja e outras religiões, especialmente o judaísmo, durante seus 26 anos de papado.

Alguns católicos, entretanto, não compartilham sua interpretação ortodoxa da doutrina da Igreja. Entre os que rezavam pelo papa no sábado estavam alguns que esperam por reformas do sucessor de João Paulo.

"Seria bom se o próximo papa pressionasse por mais reformas do que esse, mas que tivesse o mesmo apelo pessoal", disse a peregrina alemã Elisabeth Huelsdau, enquanto rezava na praça com seu marido Paul.

Ele concordou, dizendo que o Vaticano deveria permitir que padres católicos casassem. João Paulo 2o. defendeu vigorosamente o celibato para os padres.

João Paulo foi o primeiro não-italiano a comandar a Igreja em 455 anos. Não há um favorito para sucedê-lo, mas alguns acreditam que o próximo pontífice deveria sair do mundo em desenvolvimento, onde a religião é mais intensa.

"Para mim, um papa africano seria ótimo", disse Stefania Leone, dona-de-casa de Roma, ao ajoelhar para acender uma vela por João Paulo.

Outros levantam a idéia de um papa da América Latina, onde vive quase metade dos católicos do mundo. Mas ainda há apoio para que um dos conterrâneos de João Paulo o suceda.

"Seria bom se fosse outro polonês porque esse foi ótimo", disse o italiano Massimo Rino.




Fonte: Reuters

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