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Cultura
Sexta - 01 de Abril de 2005 às 12:00
Por: Lorenzo Falcão

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Neste sábado (02.04) a arte mato-grossense entra em cartaz novamente na Festa Internacional do Pantanal. Todas as noites, desde sexta (01/04), a população cuiabana está tendo a oportunidade de conferir apresentações que são referências da cultura regional. Mais oito grupos, vindos de sete cidades diferentes, sobem ao palco nesta noite. As atrações do evento foram programadas pela Secretaria de Estado de Cultura.

Abre a programação neste sábado, no Centro de Eventos Pantanal, a partir das 19 horas, a Banda Municipal de Porto Espiridião, município situado a Noroeste de Mato Grosso. A banda é composta por 44 músicos. A Dança do Lenço, originária de Barão de Melgaço, município da Baixada Cuiabana, apresenta-se logo depois. Essa dança é uma espécie de ritual que funciona como se fosse o ‘debut’ das moças pantaneiras. É composta por passos advindos do siriri e dançada ao som de um conjunto regional. Caracterizada pelos lenços e fitas que adornam os vestidos rodados e alegres. Foi resgatada e aprimorada para apresentações em 1984. Não há notícias sobre sua apresentação em nenhum outro município do Estado, a não ser Barão de Melgaço.

O Grupo Vertente das Palmeiras tem 40 componentes e veio de Rosário Oeste para se apresentar na Festa. O siriri é a temática deste grupo, que surgiu em 1995, quando três pares de pessoas idosas começaram a repassar seus conhecimentos sobre essa dança à população. O grupo cresceu tanto que foi necessário fundar a Associação Folclórica de Rosário Oeste. O siriri nesse município retrata a tradição rio acima (rio Cuiabá), onde o batido da viola, a dança, música e coreografia são mais lentos que nas localidades rio abaixo. O Grupo Arara Azul, de Mato Grosso do Sul, apresenta o seu repertório de danças logo em seguida..

Dos municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade e Guiratinga quatro grupos completam o cardápio cultural desta sexta-feira. Dois de cada cidade. O Grupo Chorado, com 20 componentes, de Vila Bela vai encenar a Dança do Chorado, manifestação que data ainda do tempo da escravidão. Essa dança era um dos artifícios usados pelas mães ou esposas escravas, quando seus filhos ou esposos eram presos, castigados ou condenados à morte. As mulheres se agrupavam e iam até as residências de seus senhores onde, bem vestidas, se punham a dançar com uma garrafa na cabeça. Folia de Reis, de Guiratinga, tem 14 pessoas e existe há mais de 30 anos. Já se tornou uma das danças mais tradicionais de Mato Grosso.

A Dança do Congo vem na seqüência. É natural de Vila Bela e surgiu com a vinda dos escravos de origem africana para o município. Ela é representada por uma disputa de poder, entre o reinado e a comunidade negra escrava. O Grupo dos Caretas, de Guiratinga encerra a programação neste sábado. São 25 componentes que se apresentam trajando roupas a caráter e máscaras que simulam caretas. Ao ritmo de uma percussão bem peculiar os mascarados interagem com as pessoas, às vezes, assustando, às vezes provocando o público.




Fonte: Secom - MT

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