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Economia
Quarta - 30 de Março de 2005 às 13:20
Por: Carlos Martins

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Depois de quatro anos as empresas do setor elétrico recomeçam os investimentos. Para a Cemat, os investimentos previstos para até 2007 na ordem de R$ 250 milhões mostram também a confiança no atual governo do Estado. “O Governo do Estado representa confiabilidade. O governador Blairo Maggi tem visão empresarial, tem a preocupação com o crescimento e sabe da necessidade da energia elétrica para que o estado continue crescendo”, disse o vice-presidente da Cemat, Antônio da Cunha Braga, durante a assinatura do convenio Luz para Todos no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. “O Governo tem se mostrado presente. Todas as vezes que a Cemat precisou, ela encontrou ressonância por parte do governo do estado”, acrescentou Braga, que fez uma palestra explicando onde serão aplicados os investimentos na expansão.

Segundo o dirigente da Cemat, os desafios começaram já no momento da privatização que ocorreu simultaneamente com a revisão do modelo do setor elétrico em 1997. Tudo estava indo bem até que aconteceu o apagão de 2001. “Isso causou um desequilíbrio muito grande das empresas distribuidoras de energia porque caiu muito o mercado, principalmente a receita residencial”, lembrou o vice-presidente. Somente agora é que as empresas começaram a retomar o fôlego e os investimentos necessários para acompanhar a grande necessidade e demanda que o estado tem nas mais diversas regiões do Estado.

De acordo com os projetos da Cemat Rede, até 2007 serão construídos 1.666 quilômetros de Linhas para Transmissão e 12 subestações para a expansão do sistema elétrico. Já o Programa Luz para Todos prevê a construção de 8.331 quilômetros de rede elétrica atingindo 114 municípios. A expansão inclui ainda a ampliação de cinco subestações que vão atender diversas regiões do Estado. Essa expansão irá beneficiar cerca de 250 mil pessoas e a potencia instalada será de mais de 112,5 MVA (Mega volts ampére).

Conforme o secretário-adjunto de Desenvolvimento da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia, José Epaminondas Mattos Conceição, o Estado tem capacidade instalada para produzir 1.600 MVA, mas o consumo é de 650 MVA. O excedente poderá ser exportado assim que duas linhas de transmissão estiverem concluídas. Uma, que vai de Cuiabá a Rondonópolis, de 230 KV, e que através de um linhão poderá exportar energia para Rio Verde (GO), e a outra linha de 500 KV entre Cuiabá e Itumbiara (GO). Além disso, Mato Grosso que hoje já não enfrenta nenhum problema em relação à energia, tem ainda uma séria de pequenas hidrelétricas em construção que consolidarão definitivamente o setor elétrico.

“Com a construção de uma nova termelétrica vai melhorar a eficiência, diminuindo a queima de combustíveis fosseis – como a queima de óleo diesel, que ainda é muito grande no estado. Isso será transformado em energia proveniente dos recursos hídricos e de fontes alternativas como a biomassa”, diz o secretário Alexandre Furlan (Indústria, Comércio, Minas e Energia). A construção dessa termelétrica (produzirá energia com o gás boliviano), orçada em US$ 800 milhões é um projeto que depende das garantias do Governo Federal em comprar a energia nos leilões.

Investimentos – Sãos os seguintes sistemas onde serão aplicados os recursos pela Cemat:

Sistema Juína – Juara – R$ 55 milhões. Ampliação da subestação (SE) e construção de mais quatro subestações e quatro linhas de transmissão (LT) - com cerca de 400 quilômetros – de 138 KV. A previsão é que as obras estejam concluídas em 31 de dezembro deste ano.

Sistema Sapezal – R$ 29,5 milhões. Construção de duas subestações e uma linha de transmissão de 138 Km com 137,24 km de extensão.

Sistema PCH Salto Corgão/Pontes e Lacerda, em fase de conclusão, foram executadas obras de ampliação da SE Pontes e Lacerda e a construção da LT PCH Salto Corgão/Pontes e Lacerda de 138 Km com 104 km. Investimento de R$ 14,6 milhões.

Sistema associado das PCH Paranatinga I e II serão construídas quatro LTs com extensão de 405 km e três SÉS. Investimento de R$ 60,9 milhões.

Sistema PCH Garganta da Jararaca – São José do Rio Claro – Nova Maringá. Investimento de R$ 32,7 milhões na construção de LTs com 196 km de extensão. Entrega da obra em dezembro de 2006.

Sistema PCHs Curuá/Buriti-Nhandu serão investidos cerca de R$ 49,3 milhões para a ampliação de SÉS e construção de 255 km de LTs. Previsão de término em dezembro de 2007.




Fonte: Secom - MT

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