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Politica Brasil
Terça - 29 de Março de 2005 às 08:55
Por: Téo Meneses

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O presidente estadual do PMDB, ex-senador Carlos Bezerra, admite ter enfrentado dificuldades no comando do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Alegando falta de recursos para dirigir o órgão, de onde foi exonerado na semana passada, argumentou ontem que até a sua saúde foi prejudicada pela crise.

"O país tem um grande problema financeiro e que não vai ser resolvido rapidamente. Isso dificulta o trabalho de qualquer um. Tinha dor de cabeça quase todos os dias. Tive problema de pressão alta também. Não dava para ficar. Por isso, acredito que a saúde é mais importante que qualquer cargo", afirmou. No ano passado, o sistema previdenciário brasileiro registrou déficit de R$ 36 milhões.

Durante visita à Assembléia Legislativa, Bezerra ainda frisou que pediu exoneração do cargo antes mesmo da posse do novo ministro da Previdência, Romero Jucá (PMDB-RO). Ao assumir o cargo na quarta-feira da semana passada, uma de suas primeiras ações foi exonerar o correligionário de Mato Grosso.

"Já tinha decidido pedir exoneração desde dezembro. Falei isso com a direção nacional do partido e só estava aguardando a decisão. Tivemos uma série de complicadores. Foi por isso que eu saí. O resto é fuxico", completou Bezerra, após se reunir pela manhã com o presidente da Assembléia, Silval Barbosa (PMDB).

Apesar de negar, a crise foi agravada também após denúncias do Ministério Público Federal (MPF), que cita o nome do ex-senador em esquema de licitações fraudulentas. A denúncia foi para as mãos da juíza Isa Tânia Catão da Costa, da 13ª Vara da Justiça Federal. Nela, os procuradores da República Raquel Branquinho e José Alfredo de Paula Silva pedem o afastamento de Bezerra e dos três funcionários públicos. O pedido ainda não foi julgado. O ex-senador rechaça as acusações.




Fonte: A Gazeta

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