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Internacional
Segunda - 28 de Março de 2005 às 20:28

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Bogotá - A polícia, apoiada por helicópteros, apreendeu nesta segunda-feira 1,2 tonelada de cocaína de um laboratório clandestino no centro da Colômbia. Acredita-se que o área de processamento da droga pertença aos paramilitares de direita, segundo autoridades. O laboratório, localizado próximo ao município de Guaduas, 70 quilômetros a oeste de Bogotá, tinha capacidade para produzir três toneladas de cocaína por mês, de acordo com o general Luis Alberto Gomez, o chefe da polícia antidrogas.

Agentes policiais também apreenderam no local 40 toneladas de produtos químicos utilizados no processamento da droga e vários fornos usados para secar a cocaína. A droga apreendida tem um valor de mercado de aproximadamente US$ 30 milhões.

De acordo com Gomez, o laboratório pertence a uma unidade do grupo paramilitar Forças de Autodefesas de Magdalena Medio, que atualmente participa de conversações sobre desarmamento com o governo. Grupos de direitos humanos acusam os paramilitares de continuarem a cometer crimes, tráfico de drogas e de atacarem vilas apesar de um cessar-fogo decretado unilateralmente como parte do processo de paz.

Extradições - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) solicitaram ao Congresso e à Corte Suprema de Justiça para que freiem as extradições de colombianos, depois do envio de dois dirigentes guerrilheiros aos Estados Unidos para serem julgados por narcotráfico e outras acusações. "Consideramos que o Parlamento tem a obrigação moral com seu povo de impedir a extradição de cidadãos sem critério algum", disse a cúpula das Farc em carta aberta enviada ao Congresso com data de 27 de março e divulgada hoje na internet.

"O governo atual converteu a lei de extradição em instrumento de castigo político, escárnio público e chantagem vulgar para os opositores e detratores de suas práticas ditatoriais de governar", acrescenta a mensagem da guerrilha.

O presidente Alvaro Uribe autorizou cerca de 250 extradições em seus 32 meses no poder, incluindo a de Ricardo Palmera, conhecido como "Simón Trindad", que atuou como negociador da guerrilha nos diálogos de paz ocorridos entre 1999 e 2002 com o governo anterior. Neste mês foi extraditada a rebelde Omaira Rojas, conhecida como "Sonia", considerada figura-chave nos negócios de narcotráfico das Farc.




Fonte: AE - AP

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