CUT apóia decisão de não renovar acordo com FMI

São Paulo – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) apóia a decisão do governo de não renovar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Na carta entregue ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci, na última quinta-feira (24), a entidade afirma que a renovação do acordo entre o governo brasileiro e o FMI é desnecessária diante do cenário econômico.

"Para a CUT, em 2004, o Brasil atingiu o inédito volume de quase US$ 100 bilhões de exportações e teve um superávit comercial de R$ 34 bilhões. Com isto conseguiu uma situação internacional relativamente favorável e inaugurou uma nova fase de crescimento deixando inclusive de sacar recursos disponibilizados pelo próprio FMI", diz a carta.

A CUT afirma ainda que o país deve manter o ajuste fiscal e o controle da inflação, embora defenda que essas medidas levem ao crescimento econômico sustentável do país. "De uma forma ou de outra, os acordos anteriores obrigaram o Brasil a cumprir metas gigantescas de superávit fiscal que resultaram em prejuízos para o povo brasileiro", ressalva a entidade.

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, anunciou hoje (28) a decisão do governo de não renovar o acordo com o fundo. Acordo com FMI vence dia 31 e, há 15 meses, o Brasil não faz qualquer saque dos US$ 41 bilhões previstos