Acre terá primeira fábrica mundial de camisinha feita com látex de seringal nativo

Brasília - A primeira fábrica de preservativos do mundo a usar o látex de seringal nativo como matéria-prima começa a ser construída no mês que vem, na cidade de Xapuri (AC). A expectativa é de que a fábrica entre em operação no início de 2006.

A obra terá recursos da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) - órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) - repassados por convênio ao governo do Acre. Os governos federal e estadual investirão inicialmente R$ 5 milhões e a produção anual estimada é de 95 milhões de preservativos.

O projeto prevê o aproveitamento da produção dos seringais da Reserva Extrativista Chico Mendes, localizada em Xapuri. Segundo a Coordenação de Desenvolvimento Regional da Suframa, o apoio à implantação da fábrica integra as ações da autarquia para promoção do desenvolvimento regional sustentado. O objetivo é colaborar para a fixação de cerca de 2 mil famílias na reserva, além de agregar valor ao produto e incrementar a renda dos seringueiros. O Governo do Acre calcula que o preço pago ao seringueiro pelo látex tenha elevação de 40%.

O empreendimento também conta com o apoio dos ministérios da Saúde, da Ciência e Tecnologia, do Meio Ambiente e do governo estadual. A produção da fábrica atenderá inicialmente a demanda do Ministério da Saúde, que distribui anualmente cerca de 600 milhões de preservativos em todo o país, comprados de fábricas nacionais e internacionais. O ministério estima que a demanda alcance 1,2 bilhão por ano.

As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior