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Economia
Quinta - 24 de Março de 2005 às 21:55

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A recente elevação do preço do petróleo no mercado internacional não foi suficiente para o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) mudar sua previsão em relação ao preço da gasolina no mercado interno, mesmo com "um grau razoável de incerteza" sobre o produto.

A da última reunião do Comitê, que elevou a taxa básica de juros da economia para 19,25% ao ano, mantém a previsão de que o preço da gasolina não irá subir neste ano. O mesmo ocorre em relação aos preços do gás de botijão.

O Copom vê com atenção o comportamento dos preços do petróleo, e lembra que as cotações alcançaram níveis bastante elevados.

"Os preços internacionais do petróleo voltaram a subir de forma quase contínua desde a segunda semana de fevereiro, atingindo recentemente níveis superiores aos alcançados em outubro passado. O comportamento dos preços reflete informações acerca das condições de demanda e do estoque disponível de petróleo nos principais países consumidores --em especial, em virtude de condições climáticas no hemisfério norte-- assim como possíveis restrições na oferta por parte dos países produtores", diz a ata.

Antes da reunião do Copom, realizada na semana passada, o preço do petróleo ficou acima de US$ 56. No entanto, ontem, caiu abaixo de US$ 54 com o fim do inverno no hemisfério norte --período de maior consumo do óleo.

Com a elevação, de acordo com o documento, os preços internacionais da gasolina estão acima dos praticados no mercado interno. Por isso, mesmo com a previsão de não ocorrer um reajuste, o Copom lembra que outros insumos derivados do petróleo podem sofrer elevações.

"É importante assinalar que esse quadro externo mais desfavorável passou a representar um risco maior para a trajetória futura da inflação do que havia sido avaliado na reunião de fevereiro do Copom. Como ressaltado em ocasiões anteriores, ainda que essa escalada recente não se traduza em aumento doméstico no preço da gasolina, ela tem efeitos sobre os preços de insumos de derivados do petróleo e sobre as expectativas dos agentes econômicos."

Reajustes

O Copom manteve também as previsões de reajustes para as tarifas de telefonia fixa e energia elétrica em 8,7% e 9,5%, respectivamente, em 2005.

A expectativa em relação a todos os itens administrados por contrato ou monitorados passou de 6,7% para 6,9% neste ano. Para 2006, a previsão foi mantida em 5,1%.





Fonte: 24 Horas News

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