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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 23 de Março de 2005 às 15:00

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Mais de 400 mil chineses assinaram uma petição online opondo-se aos planos do Japão de ingressar como membro permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), disse um dos organizadores do movimento na quarta-feira.

A petição, lançada por chineses que moram fora da China e por grupos nacionais críticos ao passado bélico do Japão, surgiu no mês passado em meio a uma campanha para reunir 1 milhão de assinaturas, afirmou Wu Zukang, que dirige um site em Xangai.

Na segunda-feira, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pareceu concordar com os planos do Japão de se transformar em membro permanente do Conselho de Segurança em meio às reformas mais amplas a serem implementadas no órgão desde a criação dele, em 1945.

"Estamos pedindo assinaturas para nos opormos à candidatura do Japão porque o Japão não pode ser qualificado como um país normal e porque ele não merece ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU", afirmou Wu em entrevista à Reuters.

Muitos chineses alimentam profundos ressentimentos em relação ao Japão devido ao passado bélico desse país e porque o governo japonês nunca teria se redimido das atrocidades cometidas.

A China estima que até 35 milhões de chineses foram mortos ou feridos por soldados japoneses invasores entre 1931 e 1945.

O fundador da campanha online, a Aliança para Preservar a Verdade sobre a Guerra Sino-japonesa, um grupo com sede nos EUA, pretende apresentar o documento à ONU nos próximos meses, disse o jornal chinês People's Daily.

"Nosso primeiro passo é solicitar 1 milhão de assinaturas. Espero que consigamos reunir 10 milhões delas", afirmou Wu.

No ano passado, o Japão, a Alemanha, o Brasil e a Índia formaram um grupo de pressão pedindo vagas permanentes no Conselho de Segurança e prometendo apoio recíproco às candidaturas uns dos outros.

Mas as Coréias do Norte e do Sul possuem dúvidas sobre o Japão, a Itália opõe-se à candidatura da Alemanha, o Paquistão não quer ver a Índia como membro permanente e a Argentina e o México têm restrições quanto aos planos brasileiros.





Fonte: Reuters

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