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Economia
Sexta - 18 de Março de 2005 às 19:00
Por: Rita Tavares

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São Paulo - O presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Érico Sodré Quirino Ferreira, disse à Agência Estado que o volume de novas operações de crédito em fevereiro foi recorde para o mesmo mês nos últimos dez anos. A demanda alta se manteve nos primeiros dez dias de março, segundo avaliação dos representantes das instituições de crédito, reunidos na semana passada. "Março começou muito bem", afirmou Ferreira.

A Partner Consulting divulgará na próxima segunda-feira uma pesquisa que confirma essa tendência de expansão de crédito em fevereiro. Segundo o sócio-diretor da empresa, Álvaro Musa, o ritmo de crescimento do saldo de operações e de novas concessões manteve em fevereiro o mesmo desempenho dos últimos meses. Houve expansão em relação ao mês de fevereiro de 2004, o que reforça a avaliação de que o crescimento do crédito para PF é recorde.

Oficialmente, os últimos dados disponíveis são referentes a janeiro. No mês passado, o Banco Central divulgou que o estoque das operações cresceu 1,3% em relação a dezembro de 2004.

Segundo o presidente da Acrefi, a demanda por crédito foi homogênea entre as linhas em fevereiro, com destaque para o crédito em consignação e o financiamento de veículos. A expectativa do setor é de que as operações consignadas continuem em alta, enquanto as do CDC ficam estáveis, já que as taxas cobradas na primeira operação são mais baratas.

Demanda

As elevações contínuas da taxa básica de juros não limitou a demanda do consumidor por crédito, de acordo com Ferreira. Parte da alta foi repassada para o consumidor, mas mesmo assim a procura não caiu. Para o consumidor, explicou o presidente da Acrefi, o importante é a prestação caber no bolso e o cliente ter a perspectiva de continuar empregado. "A maioria dos brasileiros não toma conhecimento da Selic", afirmou Ferreira.

Neste início de ano, as instituições reduziram o prazo dos empréstimos, de 48 meses para 36 (limite). O temor não é a inadimplência que continua estável. Segundo o presidente da Acrefi, duas possíveis justificativas são: 1) a curva de juros está subindo, indicando um cenário mais adverso à frente; 2) o próximo ano é de sucessão presidencial, o que levanta dúvidas sobre os rumos do País, porque, mesmo se o presidente Luis Inácio Lula da Silva for reeleito, o segundo mandato será diferente do primeiro. A experiência do governo FHC é lembrada.




Fonte: Agência Estado

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