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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sexta - 18 de Março de 2005 às 14:07
Por: Cristina Índio do Brasil

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Rio - A diretora do Hospital do Andaraí, Sara Asenjo, criticou a forma como o Comitê Gestor atua na unidade, que está sob intervenção do Ministério da Saúde. Em carta encaminhada ao prefeito César Maia, publicada hoje no Diário Oficial Eletrônico da prefeitura, ela afirma que como servidora pública há 25 anos, tem o dever de denunciar que a direção vem passando por "constrangimentos" desde o início da intervenção.

Sara Asenjo informou que a direção do hospital foi afastada da gestão compartilhada e que o nome dela foi vetado pelo Comitê Gestor da unidade por um "pequeno grupo de profissionais do hospital", liderados pelo médico Roberto Portes. De acordo com a médica, Roberto Portes sempre se mostrou contrário ao seu trabalho à frente da direção do hospital e ao "de qualquer outra que se oponha aos seus interesses".

A diretora criticou também a composição do comitê que, segundo ela, já sofreu três alterações desde que foi criado. "A despeito de nossa predisposição em colaborar, estamos à margem do processo, limitando-nos a esclarecimentos pontuais e entrega de documentação solicitada", afirmou.

Sara Asenjo contestou as denúncias de que materiais e equipamentos foram encontrados no almoxarifado do hospital pelos auditores do Ministério da Saúde. Ela disse que, no caso do medicamento próprio para diálise, ele foi levado por um paciente transferido para a unidade, mas pertencia ao Hospital Geral de Bonsucesso. A médica explicou também que o equipamento de Seriografia chegou ao hospital no dia 23 de dezembro do ano passado.

Em entrevista à Agência Brasil, a diretora explicou que o equipamento, embalado em 14 caixas, estava guardado esperando a instalação na sala, que passa por obras. Sobre o medicamento ela disse que há documentos pedindo a devolução, o que não chegou a ser providenciado pelo Hospital de Bonsucesso.

A diretora disse que espera poder participar dos trabalhos que estão sendo feitos no hospital. "O cargo de direção do hospital, independentemente das brigas de ordem judicial ou política, está assegurado à minha pessoa. Então, enquanto eu for cargo de direção, preciso defender o trabalho que venho tendo durante os últimos três anos. Não estou defendendo o cargo, mas toda uma história de trabalho", disse.

A diretora acredita que a explicação dada na carta será levada em consideração pelo Comitê Gestor.




Fonte: Agência Brasil

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