Senado eleva para R$ 30 milhões total que pretende economizar este ano

Brasília - Um dia depois de a Câmara dos Deputados anunciar o aumento da verba de gabinete dos parlamentares de R$ 35 mil para R$ 44 mil, o Senado Federal optou fazer o caminho inverso. A Mesa Diretora do Senado decidiu hoje elevar para R$ 30 milhões a economia da Casa Legislativa prevista para 2005. O presidente do Senado, Renan Calheiros, já havia anunciado no final de fevereiro a decisão de reduzir os gastos em R$ 11 milhões – valor que hoje foi elevado para R$ 30 milhões.

Calheiros informou que os cortes serão efetuados em cima de despesas de investimento e custeio. "Vamos fortalecer ao máximo as atividades-fim. Não estamos cortando despesas que não estão sendo realizadas. Estamos colaborando com a transparência que o Brasil quer que nós façamos", ressaltou Calheiros.

O presidente do Senado disse que a decisão de ampliar os cortes não é uma reação ao aumento de gastos na Câmara, anunciado ontem pelo presidente Severino Cavalcanti (PP-PE). "Não é exemplo. Cada coisa é uma coisa. Estamos fazendo o dever de casa", afirmou Calheiros.

Em nota técnica, a diretoria-geral do Senado detalhou como os cortes serão efetivados. No total, serão economizados R$ 15,5 milhões com gastos de impressão gráfica, R$ 2,4 milhões com a redução de despesas e passagens aéreas, além de cortes de R$ 2,5 milhões com contas telefônicas.

Os senadores também terão que reduzir em R$ 2,5 milhões as despesas de correios, e cortar em R$ 1,6 milhões o estoque do Senado, padronizando itens em comum. Por fim, os senadores terão que diminuir em R$ 3,9 milhões os gastos com despesas terceirizadas, e em R$ 600 mil os gastos com a área de transportes.

Atualmente, o Orçamento do Senado Federal é de R$ 2,4 bilhões. Os cortes vão representar uma economia de pouco mais de 1% sobre os gastos totais previstos para ser efetivados em 2005 pelos senadores. Segundo Calheiros, a economia será de 10% sobre os gastos de investimentos e custeio do Senado este ano.