Troca de informações será a marca da Agrishow 2005

A marca do sucesso do agronegócio em Mato Grosso, a Agrishow Cerrado em sua 4ª edição foi lançado nessa quarta-feira (16.03) no Salão Nobre do Palácio Paiaguás, em clima de otimismo. Apesar da crise agropecuária, a feira deve arrebanhar cerca de 35 mil pessoas, três mil a mais que o ano passado, e injetar no comércio do Estado aproximadamente R$ 12 milhões, conforme estima a coordenação do evento.

Na solenidade de lançamento, o governador Blairo Maggi afirmou que o evento é de grande importância, sobretudo em momento de crise agropecuária, porque traz novidades em tecnologia, pesquisas, conhecimentos, democratiza oportunidades de bons negócios ao produtor para que ele possa melhorar sua produtividade e obter soluções as quais ajudam a superar momentos difíceis a que está sujeita a agricultura.

"Quando falamos em tecnologia, falamos em melhorar em 3% anualmente a produtividade. Esse é o objetivo que perseguimos, e estamos conseguindo a cada ano, por isso Mato Grosso se mantém na liderança da produção e da produtividade brasileira. Nesse contexto, a Agrishow Cerrado é fundamental, pois o agricultor encontra informações inovadoras e ótimas oportunidade de negócios", disse Maggi.

Segundo o presidente da Agrishow Cerrado, Hugo Ribeiro, a 4ª Edição vai apresentar novidades não apenas em máquinas, implementos, sementes e manejo de solo, mas palestras, fóruns de discussão com especialistas e pesquisadores, os quais mostrarão nova realidade de mercado atual e futuro.

Nessa edição, a feira vai ocupar 170 hectares, nos quais 270 expositores agrícolas apresentarão o que há de melhor em tecnologia no país. "Um evento como esse movimenta a economia da cidade, do Estado, emprega trabalhadores e trás conhecimentos e informações importantes, que nesses momentos de dificuldades são primordiais", observou o prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti, também produtor rural.

O presidente da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas Agrícolas), Rubens Moraes, lembrou que o agronegócio representa 36% do PIB, gerando R$ 220 bilhões ao país com arrecadação de impostos do setor. A atividade vive um momento de desafios, mas como tem à frente "heróis", os produtores, serão mais uma vez superados.

"É preciso investir em tecnologia, conhecimento para conseguir colher 60 sacas de soja por hectare. Esse obstáculo será superado como tantos outros e vamos assumir o nicho de mercado da Argentina, Uruguai e Paraguai, mostrando que o nosso negócio é firme, sólido e para sempre", disse Moraes.

A feira é realizada no parque Wilmar Peres de Farias, no município de Rondonópolis, (210 km ao Sul de Cuiabá) de 19 a 23 de abril. No ano passado, a Agrishow movimentou R$ 1,4 bilhão em negócios. A expectativa este ano, porém, é ampliar a troca de informações inovadoras, principalmente referentes às pesquisas de variedades de sementes transgênicas.

Também participaram da solenidade os secretários Joaquim Sucena (Casa Civil), Otaviano Pivetta (Seder), Terezinha Maggi (Setec), presidente do Indea, Décio Coutinho, deputados estaduais, lideranças sindicais e produtores rurais.